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Quebra da AIG terá impacto no mercado nacional de seguros
23/09/2008 | 07:25
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A instabilidade vivida pela seguradora AIG - que recebeu empréstimo-socorro do governo americano de US$ 85 bilhões para não quebrar - pode promover mudanças.

Na avaliação de especialistas, a fragilidade de grupos internacionais deve gerar um novo ciclo de consolidações no Brasil, com os grupos nacionais comprando estrangeiros.

O ex-presidente da Superintendência de Seguros Privados, Renée Garcia, diz que este movimento se daria por causa da necessidade dos grupos internacionais de levantar recursos. "O Brasil é uma praça interessante porque não enfrenta crise no setor de seguros", afirma.

Na trajetória de reestruturação do setor, Renée Garcia diz ainda que há possibilidade do surgimento de novas associações entre seguradoras internacionais e bancos nacionais. A mesma avaliação é feita pelo especialista em seguros Alexis Cavicchini. Ele destaca que, como a crise está associada aos Estados Unidos, as empresas nacionais podem se beneficiar com o fato de o consumidor se sentir mais confortável em ter seus bens segurados por grupos brasileiros.

Na avaliação de Cavicchini, a AIG- Unibanco tentará desassociar sua imagem a da empresa americana. "A perda de clientes pode não acontecer agora, mas daqui a um tempo, quando os contratos começarem a vencer. Por isso, a marca Unibanco deve ganhar mais espaço, enquanto a AIG, perder", acrescenta.

Na semana passada, a AIG-Unibanco encaminhou comunicado afirmando sua independência em relação à matriz.




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