Siri Masudi, uma jovem mãe de 20 anos, diz que a taxa de mortalidade em sua cidade, no distrito de Kibaha (40 km a oeste de Dar es Salaam) caiu desde que o Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) começou a vender os mosquiteiros a preços mais baixos.

"Alguns anos atrás, a malária era um grande problema por aqui. Muitas pessoas, especialmente as crianças, ficavam doentes e algumas morriam (vítimas) da doença antes que pudessem chegar a centros de saúde", lembra Masudi.

O Unicef trabalha em parceria com o ministério tanzaniano da Saúde, que gasta US$ 111 milhões ao ano com o tratamento da malária para garantir que os mosquiteiros cheguem a todas as regiões do país.

"Este (programa) inclui a criação de atividades comunitárias para promover o uso dos mosquiteiros tratados por mulheres grávidas e crianças. Os resultados são promissores", afirma a oficial da Unicef na Tanzânia, Georgina Mtenga.

Ao invés de vender os mosquiteiros ao preço de mercado de dois mil shillings tanzanianos (cerca de dois dólares) a unidade, o Unicef o reduziu à metade e pediu às famílias que paguem entre 500 e 1000 shillings (50 centavos de dólar a um dólar).

A malária é uma doença degenerativa do fígado e dos glóbulos vermelhos causada por um parasita transmitido pela picada de um mosquito, que mata cerca de um milhão de pessoas por ano, número que se mantém imutável desde 1998.