A formaçao de espuma no rio ocorre quando a água com concentraçao de detergentes passa por desníveis e aumenta sua velocidade. A espuma aparece como resultado desse fenômeno, conhecido como aeraçao da água. Os gases liberados pelo detergente expandem-se na água e acabam sendo "enriquecidos" por outras substâncias químicas.
Em Pirapora (SP), onde o fenômeno é mais comum, a espuma formada perto do reservatório que represa a água pode chegar a 1 metro. Para José Eduardo Bevilacqua, gerente da Divisao de Qualidade das Aguas da Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb), a formaçao de espuma está ligada à falta de oxigênio do Tietê, que quase nunca é diferente de zero. "Detergentes, mesmo sendo biodegradáveis, ficam na água."
Em outubro, o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) liberou US$ 200 milhoes para a Companhia de Saneamento Básico do Estado de Sao Paulo (Sabesp) iniciar a segunda etapa do projeto de despoluiçao do rio. O dinheiro, apesar de estar reservado, ainda nao chegou. Para receber o empréstimo, a Sabesp depende de autorizaçao do Senado, que só deve sair no próximo ano.
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