Magoado com as críticas recebidas após a derrota na Copa Davis - para a Índia por 3 a 2, após estar vencendo o confronto por 2 a 0 - e os seguidos tropeços em rodadas iniciais nas semanas subsequentes, o tenista Thomaz Bellucci disparou raquetadas, ontem, em dois alvos no lançamento da etapa paulista da Copa Petrobras, que começa segunda, na Sociedade Harmonia de Tênis. Sobrou para técnicos e ex-jogadores brasileiros.

O melhor brasileiro no ranking mundial da ATP (27º colocado) reclamou do tom das observações feitas após o insucesso na repescagem da Davis, que condenou o Brasil a mais um ano afastado do Grupo Mundial, a divisão de elite. "As críticas são duras. Para mim é uma honra representar o País, mas as críticas acabam nos desestimulando a jogar a Davis."

Para Bellucci, uma das principais razões para o tênis brasileiro não deslanchar é a incompetência de seus treinadores. "Os técnicos são fracos. Podem ajudar um jogador a ficar entre os 200 ou 150 melhores do mundo, mas dali em diante falta qualificação. Nunca tivemos tradição de técnicos bons e não é agora que vamos ter."

Na opinião de Bellucci, os ex-jogadores poderiam usar a experiência acumulada nas quadras para colaborar na formação de novos atletas. "Os ex-jogadores não estão fazendo nada pelo tênis, nada para ajudar os outros a alcançar o lugar ao qual chegaram."