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Padroeira no palco

Musical em cartaz na Capital a partir de sexta conta os milagres de Nossa Senhora Aparecida

Miriam Gimenes
19/03/2019 | 07:51
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Adriano Doria/Divulgação


Há pouco mais de um ano o escritor e dramaturgo Walcyr Carrasco recebeu um convite inédito em sua carreira: criar um musical que contasse a história de Nossa Senhora Aparecida, a padroeira do Brasil. Demorou um pouco para desenvolver a história porque achou que faltava um gancho com a atualidade, o que acabou por deixar a equipe um tanto preocupada. Até que, por forças do destino – ou outras que não se pode identificar –, fez uma ponte aérea entre São Paulo e Rio de Janeiro e o insight ‘estava’ ao seu lado na aeronave.

Explica-se: seus companheiros de voo eram Caio e Clara, casal que, entre uma conversa e outra, revelou-se devoto de Nossa Senhora por conta de um milagre. E foi baseado nesta história que o autor desenvolveu Aparecida – Um Musical, que estreia sexta-feira, às 21h, no Teatro Bradesco, em São Paulo. A direção é de Fernanda Chamma. “Eu estava em busca de um milagre atual, que reafirmasse a fé. Ao conhecer o casal que protagoniza a história, me entusiasmei, por não criar um espetáculo simplesmente histórico”, disse o dramaturgo.

Como adiantado, no palco correm em paralelo duas histórias: a do casal que procura a cura para um câncer no cérebro identificado em Caio, um advogado ambicioso e a história da imagem de Aparecida, encontrada há 300 anos nas águas do Rio Paraíba. Os dois jovens, que vivem em São Paulo, embarcam em uma jornada de descobrimento espiritual que culmina em uma ida até a basílica da padroeira do Brasil. “A sorte de Caio é que ele tem uma mulher maravilhosa, que tenta abrir os olhos dele. Nós acabamos envolvidos tanto no materialismo que esquecemos da espiritualidade. E o grande milagre na história toda é fazer o Caio mudar o seu estilo de vida, deixar de ser cético”, conta o ator de São Bernardo Leandro Luna, que ao lado da atriz Bruna Pazinato fazem o casal protagonista do enredo.

Além deles, outros 31 atores, cantores, bailarinos e 12 músicos – as trilhas são originais – são responsáveis por contar essa história de alguns outros milagres operados por Nossa Senhora Aparecida, entre eles o dos peixes (a história dos pescadores que não conseguiam nada em um rio e, depois de encontrarem a estátua em suas redes, são surpreendidos por uma enorme quantidade de peixes); o milagre das velas (um relato sobre as velas de um oratório da Santa que, ao se apagarem numa rajada de vento, misteriosamente se acendem sozinhas após alguns segundos), entre outros. Também é lembrado atentado que a imagem sofreu em 1978, quando um jovem a quebrou em inúmeros pedaços.

Embora a história seja religiosa, trata-se de um espetáculo para todos, segundo Fernanda Chamma. “Eu tenho uma formação católica, mas nunca fui devota de Nossa Senhora. Aprendi sobre a história dela durante o processo. Respeitamos sempre Nossa Senhora. Mas não é um catolicismo à risca. Tudo isso fez com que a gente fizesse um espetáculo lindo, emocionante, que tivesse toda essa mensagem bonita que ela tem a nos passar, mas que ao mesmo tempo é para tudo e para todos”, garante.

Aparecida – Musical. No Teatro Bradesco (Rua Palestra Itália, 500, loja 263 – terceiro Piso, Perdizes). De sexta (21), sábado (16h e 21h) e domingo (15h e 19h30). Ingressos: R$ 75 a R$ 220, à venda em teatrobradescosp.uhuu.com.  




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