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Dia dos Namorados em casa e entre amigos
Marília Montich
Do Diário OnLine
12/06/2010 | 07:37
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Tiago Silva/DGABC


Todo o amor que o Dia dos Namorados deveria despertar nos corações dos casais apaixonados pode acabar se transformando em estresse. Com a data, o clima de romantismo fica em segundo plano para quem se vê obrigado a enfrentar gigantescas filas em restaurantes, bares e motéis para aproveitar a noite ao lado do (a) amado (a).

"Uma vez, eu e minha esposa tentamos ir a seis ou sete restaurantes em São Paulo, mas tudo estava lotado. Acabamos comendo misto quente na padaria perto de casa", afirma o comerciante Jéferson Zanon, 44 anos.

Situação semelhante foi vivida diversas vezes pelo cirurgião plástico Mauro Bacigalupo, 50 anos. "Desde a época que eu namorava, enfrentava lugares lotados e filas demoradas. Não conseguíamos fazer o que queríamos", diz.

Cansados desse tormento, os dois vizinhos resolveram mudar o tipo de comemoração do dia 12 de junho. Ao invés de sair para procurar algum programa bacana, porque não trazer a comemoração para dentro de casa e ainda chamar alguns amigos?

Há três anos, eles organizam confraternização com 20 casais de amigos convidados. Na reunião, que acontece no salão de festas de um edifício em São Caetano, cada par deve pagar o valor de R$ 75 para participar. "É o preço de custo e acaba saindo barato pra todo mundo", afirma.

Neste ano, o comerciante adianta que, além de vinhos e queijos importados, a festa vai contar com os serviços de um pizzaiolo e de um saxofonista para animar os casais.
"Todos que participam das festas reclamam de experiências que tiveram em Dia dos Namorados anteriores. Temos até lista de espera", diz o comerciante.

Um dos frequentadores assíduos do encontro é o também comerciante Robson Trevizol, 40 anos. Ele e a mulher foram nas duas reuniões anteriores e garantiram a presença hoje.
"Antes de frequentar a festa, já passei por situações ruins. Uma vez, eu e minha mulher ficamos ‘rodando' e não conseguimos achar nenhum lugar para ficar. Acabamos voltando para casa", diz Trevizol.

"Hoje, acho que não procuraria outros lugares para comemorar, porque tudo está muito cheio. Além disso, temos a oportunidade de encontrar os amigos em um ambiente agradável."

Zanon explica que a ideia é continuar promovendo a festa para sempre. "A pretensão é manter os 20 casais. Não queremos expandir o número de convidados para não perder a privacidade."

Dia dos Namorados ao lado de amigos pode soar estranho para quem está acostumado a passar a data a dois. No entanto, Zanon acredita que comemorações como a que ele organiza não dispensam um momento particular. "Conviver com outros casais faz parte da vida. O momento a sós pode vir depois da festa", afirma. "Além disso, a maioria dos convidados é casada e, pela experiência de vida, sabem que é importante interagir."

Na opinião do comerciante, o Dia dos Namorados não deve ser pensado como um dia isolado, mas sim na relação construída no dia a dia.




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