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Marcas da história

Marcos Sanchez, fotógrafo de São Caetano, inaugura exposição em Salamanca, na Espanha

Miriam Gimenes
25/02/2019 | 07:19
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Marcos Sanches/Divulgação


A arquitetura colonial é definida pelas construções realizadas em território brasileiro entre os anos de 1500 e 1822. Ela é fruto, portanto, da chegada dos colonizadores portugueses, que trouxeram consigo, além de inúmeros outros costumes lusitanos, as correntes estilísticas da Europa, que tiveram de ser adaptadas às condições materiais e socioeconômicas locais.

E é fácil identificar as edificações que seguem essas características. Para tanto, basta passear pelas ruas de pedra de Paraty, no Rio de Janeiro, ou visitar a cidade de Tiradentes, em Minas Gerais. São belíssimas. Tanto que chamaram a atenção do fotógrafo Marcos Sanchez, de São Caetano, que tratou de registrá-las e enviou para a Universidade de Salamanca, na Espanha, na convocatória que o Centro de Estudos Brasileiros da universidade realiza através de seu programa anual de residência artística. “No ano passado participei de uma exposição coletiva lá e este ano me encorajei em mandar o material que tinha com esses registros, fiquei muito feliz quando fui escolhido para uma das quatro exposições solo que eles fazem anualmente”, comemora.

Das 40 imagens que mandou, formou-se a exposição Arquitetura Colonial Brasileira (1500-1822), que ficará em cartaz no Palácio de Maldonado, Plaza de San Benito, 1, até dia 15 de março. “O resultado saiu no fim de janeiro e tive de correr para enviar as imagens em alta resolução. É uma pena que não consegui ir para abertura, que há alguns dias. Quem sabe na próxima?.”

Entre as imagens da mostra, estão as feitas em janeiro de 2016 e junho de 2017 na cidade de Paraty, em setembro de 2017 em Diamantina e em 2018 na cidade de Tiradentes ambas em Minas Gerais e, por fim, ainda em 2018, em Salvador, na Bahia. Elas retratam suas ruas de pedra e o estilo colonial presente em suas fachadas. Entretanto, as construções do Pelourinho, com paredes coloridas e molduras brancas nas portas e janelas, se diferenciam das outras três cidades, que têm, em comum, edifícios com paredes brancas e cores variando nos batentes das portas e nas janelas das casas.

Marcos Sanchez, engenheiro eletrônico de formação, iniciou na fotografia como uma forma de registrar as suas viagens. Mas, em 2012, entrou no Fotoclube ABCclick, e aperfeiçoou sua técnica, tanto que já coleciona prêmios em salões de fotografia, diversos outros concursos e convocatórias pelo Brasil. Esta é sua primeira exposição internacional.

Agora, ele produz fotos de decoração e impressão Fine Art, ministra cursos de fotografia e tratamento de imagens, e atua como colaborador exclusivo da iStock/Getty Images, que são bancos de imagens.

E pretende, ainda, incrementar este trabalho fotografando as cidades de Ouro Preto, Mariana e Congonhas, todas em Minas Gerais, além de Pirenópolis, em Goiás, ou Olinda, em Pernambuco. “Sem dúvida, esse trabalho está apenas começando, mas, mesmo assim, essas imagens permitem que qualquer visitante desta exposição na Espanha aprecie a beleza e o bom estado de preservação de uma parte significativa da arquitetura do período colonial brasileiro, através de meus olhos e do tratamento de imagens em que privilegiei as cores e características dessas cidades do Brasil”, conclui. 




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