A bola sobe amanhã para o início do Campeonato Nacional Feminino de Basquete. A competição, que entra na 11ª edição, pode ser considerada um Campeonato Paulista ampliado, já que seis dos nove participantes representam o Estado de São Paulo e o Sport/Maurício de Nassau jogou o último estadual por Presidente Prudente.

A principal competição do basquete feminino de certa forma reflete a situação da modalidade no País. O Nacional irá durar apenas três meses e será realizado neste período para que as jogadoras possam disputar também a WNBA. A temporada termina neste mês.

Dentre as cinco equipes que representam São Paulo no Nacional, três são do Grande ABC - Santo André, São Caetano e São Bernardo/Metodista/Associação. Além delas, jogam o atual campeão paulista, Açúcar Cometa/Catanduva, Unimed/Goodyear/Americana e Colchões Castor/Fio/Unimed/Ourinhos.

Participam ainda do Nacional o Sport/Maurício de Nassau, do Recife (PE), Clube Doze/Floripa, de Santa Catarina, e Mangueira/Petrobras, que representa o Rio de Janeiro.

Dentre os times da região, o que tem maiores chances de brigar pelo título é o São Bernardo, que em 2007 ficou com a terceira colocação. "As disputas não serão fáceis, pois as outras equipes são muito boas, como é o caso de Americana, que vem com um elenco forte, e o Sport Recife, que deve surpreender. Estamos confiantes em bons resultados e conseguiremos a melhor classificação possível. Para isso, a equipe toda está empenhada e vai dar tudo em quadra", garante a ala Lilian.

O Santo André, da técnica Laís Elena Aranha, confirmou a participação no Nacional no último dia de inscrições, graças à boa vontade de um doador anônimo que complementou a verba da Prefeitura para que o único time a participar de todas as edições do campeonato pudesse manter a tradição.

O grupo é novo, mas conta com a experiência da capitã Simone. A pivô tem certeza de que o Santo André fará uma boa participação no Nacional. "Somos um time de operárias, tenho certeza de que conseguiremos bons resultados. A equipe é entrosada, já jogamos juntas há anos. Acredito que isso faça a diferença", afirma Simone.

O São Caetano, que ficou fora do Nacional de 2007, retorna neste ano com um time novo, com média de idade de 19,4 anos, mas com muita vontade. "É uma equipe bastante jovem, a jogadora mais velha tem apenas 21 anos. A proposta atual é voltar à elite do basquete feminino gradativamente, começando o trabalho com os novos talentos. Várias atletas tiveram passagem pelas seleções brasileiras de base. É um investimento de médio a longo prazos", afirma o técnico Norberto Borracha Silva.