Turismo Titulo Chile
Deserto do Atacama

Conhecer as belezas naturais singulares desse tesouro chileno é experiência ímpar

Soraia Abreu Pedrozo
do Diário do Grande ABC
14/02/2019 | 07:25
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Ari Paleta/Arquivo Pessoal


Ao aterrissar no Aeroporto de Calama, porta de entrada para a região de Antofagasta, onde está San Pedro de Atacama, o turista que viajou em torno de duas horas desde Santiago, capital do Chile, sentado na janelinha já toma o primeiro baque. A paisagem árida e aparentemente inóspita, tomada por diferentes tonalidades de ocre e marrom, sem nenhum ‘verdinho’ sequer à vista, choca, e dá os sinais iniciais de que estamos, de fato, em uma região desértica.

Para chegar a San Pedro, o ideal é tomar transfer que deixa na porta da acomodação (20 mil pesos chilenos ida e volta – cerca de R$ 110, com o real a 181 pesos – com a Transfer Andino; se não conseguir pré-agendar, há ampla oferta de empresas no aeroporto). Sentados na van, começamos a observar, desconfiados, aquela paisagem diferente de tudo o que conhecemos. A sensação que dá é a de que fomos teletransportados à locação de Mad Max (filme de ficção científica que mostra futuro pós-apocalíptico em que é retratada a vida sem água), ainda mais que, por vários dos cerca de 100 quilômetros que separam as duas cidades, o cenário é tomado apenas por geradores de energia eólica e poeira. E olha que é apenas o começo de um destino dominado por poeira, de tão seco que é.

Não à toa, o Atacama é conhecido como o deserto mais árido do planeta Terra. E também o mais alto – dentre os principais pontos turísticos, que envolvem vulcões, gêiseres e lagoas de azul de doer os olhos, é possível ir a 4.500 metros de altitude. Parece, de fato, que estamos em outro mundo, é como se chegássemos à Lua. Comentários do tipo tomam conta da van entre os brasileiros a bordo – o destino vem se tornando cada vez mais popular entre os nossos conterrâneos, o que talvez tenha sido ajudado pelo dólar em alta (na casa dos R$ 3,80), e pelo fato de ser ideal para receber turistas o ano todo, já que quase nunca chove por lá (os meses em que isso mais é garantido é entre outubro e dezembro). E em meio ao festival de primeiras impressões, começamos ter a grata surpresa ao avistarmos o protagonista do Deserto do Atacama: o vulcão Licancabur, soberano com quase 6.000 metros de altura e seu topo nevado mesmo no verão, entre cadeia de montanhas que comporta dezenas de outros vulcões.

No caminho ainda não sentimos a diferença da altitude, só quando chegamos em San Pedro, que está 2.408 metros acima do nível do mar – quem passou um ou dois dias em Santiago antes de fazer essa viagem, por exemplo, está mais preparado, já que na capital chilena a altitude varia entre 600 e 800 metros. Além disso, é recomendável fazer a parada para trocar reais por pesos chilenos, mais em conta na metrópole. 




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