Na primeira reunião do ano, a Frente Parlamentar Regional, formada pelos vereadores das sete câmaras da região, manteve o mesmo perfil do ano passado: pouca presença dos parlamentares e somente planos para 2010. Entre eles, o de ter voz ativa dentro do Consórcio Intermunicipal do Grande ABC.

Para isso, os vereadores até buscaram meios para se tornarem entidade jurídica, assim como faz o Consórcio, entretanto, isso não será mais necessário.

Com base em relatório do Cepam (Centro de Estudos e Pesquisas da Administração Municipal), encomendado pela Câmara de São Bernardo, a Frente não tem necessidade de apoio jurídico porque já estaria inserida no órgão regional.

"O Consórcio Intermunicipal não é composto pelos prefeitos ou pelas prefeituras, mas sim pelos municípios e, nesta linha de pensamento, as câmaras municipais, enquanto componentes dos federados municípios, também integram o citado consórcio", avaliou o Cepam no relatório.

Na semana que vem, será agendada outra reunião entre os chefes dos Legislativos, com local e data ainda a serem definidos. Mas a estratégia de abertura de dialógo com o Consórcio já deverá entrar na pauta. "Seria ótimo se já abrissem diálogo conosco, mas não vamos ficar mendigando", disse o presidente da Câmara de Mauá e anfitrião do encontro de ontem, Rogério Santana (PT).

Se não tiver o apoio da entidade intermunicipal, a Frente Parlamentar seguirá independente, encaminhando da mesma forma sugestões ao grupo dos prefeitos encabeçado pelo chefe do Executivo de Ribeirão Pires, Clóvis Volpi (PV). "O ideal é inserir, mas se isso demorar a ocorrer, não vamos parar", completou Santana.

O fato de Volpi estar à frente do Consórcio foi considerado positivo, já que, antes de ser prefeito de Ribeirão Pires, foi vereador em Mauá por duas ocasiões (1982-1988 e 1992-1996).

Além do chefe do Legislativo de Mauá, só compareceu ao encontro o presidente da Câmara de Santo André, Sargento Juliano (PMDB).

Os presidentes Otávio Manente (PPS-São Bernardo) e Gérsio Sartori (PTB-São Caetano) enviaram representantes à reunião, ao contrário de Manoel Eduardo Marinho, o Maninho (PT-Diadema), Edson Savietto, o Banha (PDT-Ribeirão Pires) e Edvaldo Guerra (PV-Rio Grande da Serra).