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Secretários da região deixarão cargos até dia 4
Sérgio Vieira
Do Diário do Grande ABC
25/03/2008 | 09:57
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Pelo menos 19 secretários municipais – de São Bernardo, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra – terão de deixar os cargos na próxima semana por conta das eleições municipais, em 5 de outubro.

O prazo de desincompatibilização da função dependerá do cargo disputado: se o secretário disputar uma vaga na Câmara terá de sair até o próximo dia 4 (seis meses antes da eleição) e se concorrer à Prefeitura, o limite para deixar o posto é 4 de junho (quatro meses antes).

Em Diadema, as mudanças foram antecipadas para o início deste mês. Deixaram o governo José Jacinto de Oliveira (PT), Wladimir Rodrigues dos Santos (PCdoB) e Edmilson Cruz (PRB).

As administrações de Santo André e São Caetano não deverão sofrer baixas no primeiro escalão por conta da disputa eleitoral deste ano.

Mauá é a cidade na qual mais haverá trocas de secretários por conta das eleições. Das 17 pastas, pelo menos nove terão seus comandos alterados. Apesar de a lei permitir que deixem os cargos no dia 4, a debandada deverá ocorrer na segunda-feira.

A saída do secretário de Obras, Admir Jacomussi (PRP), – nome cogitado como vice do superintendente do Sama (Saneamento Básico do Município de Mauá) e pré-candidato a prefeito Francisco Carneiro, o Chiquinho do Zaíra (PV), – dependerá de sua condição de sáude, já que ele continua internado no Hospital Brasil, em Santo André, por conta de um perfuração no intestino.

Mesmo tendo legalmente mais dois meses para permanecer no cargo, Chiquinho também sairá do cargo na segunda-feira. No último dia 11, o socialista passou o posto de articulador político da Prefeitura na Câmara para o secretário de Finanças, José Francisco Jacinto (PSB).

Entre as mudanças no governo de Leonel Damo (PV), a única que já tem praticamente o substituto definido é a Secretaria da Administração. A vaga de Antônio Bertucci (PV) – que tentará se eleger vereador – deverá ser ocupada por sua mulher, Rosângela Bertucci, presidente municipal do PV e atual diretora do DDTI (Departamento de Desenvolvimento da Tecnologia da Informação).

Dos secretários de São Bernardo que sairão candidatos, três tentarão manter suas cadeiras na Câmara: Admir Ferro (PSDB), Carlos Maciel (PDT) e Hiroyuki Minami (PSDB).

O advogado Alberto Rollo, especialista em direito público, diz que o caso do secretário de Comunicação de São Bernardo e pré-candidato a prefeito de Santo André, Raimundo Salles (DEM), é atípico. Segundo o especialista, o político só deixará o cargo se quiser. “Como será candidato em outra cidade, a lei eleitoral não o obriga a deixar o posto. Ele só não pode ter cargo público na cidade onde disputará a eleição”, explica.

Para Rollo, a desincompatibilização dos secretários garante a isonomia da eleição proporcional. “Dessa forma, não há privilégio para os que vão disputar o cargo de vereador. Não é o que ocorre, por exemplo, para prefeitos que tentam a reeleição. Para mim, eles também deveriam deixar os cargos”, analisa.



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