Palavra do Leitor Titulo
UFABC e planejamento urbano

A imprensa paulista tem retratado o drama de milhares de estudantes da...

Por Dgabc
12/04/2013 | 00:00
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Artigo

A imprensa paulista tem retratado o drama de milhares de estudantes da Universidade Federal do ABC que têm sido alvo frequente de assaltantes, que lhes roubam dinheiro, celulares, computadores, veículos e o pior: a tranquilidade para estudar. Movimento estudantil foi deflagrado e os alunos, mobilizados, procuram agora a reitoria pedindo mais segurança.

A reitoria, como uma série de outros agentes públicos que acreditam não ter nada a ver com o assunto, realiza reuniões, acolhe a garotada, remete alguns ofícios, mas sai pela tangente: somos universidade, nossa área é Educação. Segurança externa é com a polícia! Pronto, está encerrado! Agora compete à polícia resolver este e outros tantos problemas decorrentes da total falta de planejamento e análise de impactos, marca de muitos administradores públicos. Quantos títulos acadêmicos serão preciso ostentar para imaginar que, ao instalar universidade federal com milhares de alunos entrando e saindo todos os dias, em local onde funcionava garagem municipal, surgiria, como preconiza a velha lei de oferta e demanda, inevitável surto de violência urbana?

No mesmo lugar onde circulavam alguns trabalhadores braçais envergando seus macacões e algumas ferramentas, agora circulam milhares de jovens com as mochilas cheias de gadgets que representam liquidez imediata em qualquer ‘boca de fumo' da região. Isso não era previsível? Claro que era. Antes da construção, foram realizadas reuniões envolvendo a direção da futura universidade e os comandantes da polícia à época, entre os quais eu me encontrava, e esse assunto entrou na pauta. E lá ficou.

Deveria fazer parte do planejamento, mas não fez. Não vou entrar no mérito, tampouco especular as razões, mas, chega de obras sem planejamento! Cobrar agora providências da polícia do bairro é insanidade, pois é a mesma polícia do tempo da velha garagem. Não surgiu nova para absorver o tsunami de pessoas e bens que passaram a circular por ali. Toda a realidade local sofreu impacto profundo e tudo era previsível.

Os aluguéis subiram, casas velhas foram demolidas e deram lugar a apartamentos para estudantes, centenas, quiçá milhares de veículos passaram a circular por ali e muitos deles sendo estacionados o dia inteiro na circunvizinhança. Tudo isso tem potencial criminógeno, mas não foi previsto, ou, se foi, pior ainda, foi desdenhado. ‘O leite já foi derramado?' Lamentável. Temo pelo que ainda será vertido adiante.

Edson Sardano é tenente-coronel da Polícia Militar e vereador em Santo André.

Palavra do Leitor

Ministério

Que vergonha! No momento de fazer economia nos cofres públicos, Dilma, para acalentar o ânimo de outros partidos, noticia a criação do Ministério da Micro e Pequena Empresa. Ela deveria enxugar a máquina pública e evitar o desperdício nas verbas, para investir em infraestrutura. Se é crime deixar dívida para o próximo presidente, a turma do cumpanheru não está preocupada, acha que vai vencer a eleição em 2014, com o lindo modelo do ‘bolsa esmola' implantado em toda América Latina pelos revolucionários, que querem exército de famintos para defendê-los. Como dizia o cantor Zé Geraldo, quanto mais conheço os ditadores, mais amo meu cachorro.

Ailton Gomes

Ribeirão Pires

Especulação

Com a carta do leitor Gércio Vidal (Uso do solo, dia 8), começo a crer que o adensamento demográfico abusivo está ameaçado. Estava mais do que na hora. Afinal, o homem não se confunde com formiga nem com cupim! E São Bernardo de 1925 já contava com regulamentação do uso do solo. Infelizmente, a dedicação e o trabalho das equipes do funcionalismo que gostam e planejam têm sido vencidos pela especulação dos predadores da construção civil. Inúteis as garantias de insolação e aeração do Código Sanitário do Estado. Resta-nos a esperança de que o prefeito Marinho realmente esteja empenhado na revisão da extravagância em vigor e consiga da Câmara a limitação que se impõe, não se esquecendo de cassar eventuais licenças concedidas, mesmo porque não há direito adquirido para licenças não executadas, cabendo à autoridade pública rever seus atos e revogar os insubsistentes.

Nevino Antônio Rocco

São Bernardo

Absurdo!

Sou estudante da USCS, em São Caetano, e todos os dias vou à universidade tomando ônibus da Linha U-26, descendo no ponto final em Utinga e completando o trajeto a pé. No dia 8, para minha surpresa, o motorista não aceitou o meu passe escolar porque era ‘feriado'. Moro em Santo André e estudo em São Caetano. Como punição não posso utilizar o passe escolar. Tive que descer do ônibus e, por sorte, contava com cartão telefônico e pude ligar para minha amiga. Pode parecer ridículo para a Prefeitura de Santo André, mas eu não tenho condição de pagar o valor irracional de R$ 3,30 todos os dias e muito menos pegar dois ônibus para fazer uma coisa que nada mais é do que me preparar para o mercado de trabalho. E fico imaginando quantos outros devem ter passado pelo mesmo constrangimento. Infelizmente, a Prefeitura merece nota zero em relação ao apoio aos mais pobres.

Marina Ivanovick Pereira

Santo André

Resposta

Em resposta à carta da leitora Suzana Barbosa (Santo André, dia 7), a Prefeitura de Santo André, por intermédio da Secretaria de Inclusão Social, esclarece que desenvolve programas e projetos destinados a criança e adolescentes em situação de vulnerabilidades e riscos sociais, inclusive, em situação de rua. Para este serviço, conta com o Programa Andrezinho Cidadão, que realiza a abordagem das crianças e adolescentes que estão na rua, acolhendo e identificando a situação social. Geralmente eles são encaminhados à família ou serviço responsável por acolhimento institucional. Ocorrências como a do Viaduto Adib Chammas são frequentemente relacionadas a público oriundo de São Paulo pela proximidade dos terminais urbanos da cidade. A Prefeitura solicita aos munícipes que acionem o serviço Andrezinho Cidadão pelos telefones 4994-5768 e/ou rádio 9 8397-9369 ao se depararem com situações semelhantes.

Prefeitura de Santo André

O Condenado

Estarrecedor é descobrir que José Dirceu ainda é pistolão dentro do palácio. O ex-ministro sempre se defende perguntando ‘aonde estão as provas?'. Até agora, só ouvimos uma difamação que, aparentemente, é mais uma tentativa de virar a mesa. E quem já se esqueceu da arapuca que tentaram montar para o Gilmar Mendes?

Helena Rodarte Costa Valente

Rio de Janeiro




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