Moradores de várias cidades do Grande ABC e também da capital chegaram desde a madrugada de quarta e se alojaram em frente à escola. Pelos cálculos da diretora, Alice Marcelina Gaiarsa, as pessoas que procuraram até esta quinta vagas entre a 5ª série do ensino fundamental e 3º ano do ensino médio provavelmente vão conseguir se matricular.
“Os estudantes serão beneficiados de acordo com a ordem de chegada. Desde quarta já tinha gente aqui. Temos ainda 12 salas disponíveis para o período diurno e outras 14 para o noturno. Já as vagas para o matutino estão esgotadas”, disse. Ela acredita que o interesse das pessoas está relacionado à qualidade do ensino. “Todos aqui já estão matriculados em outras escolas, mas, mesmo assim, não hesitaram em tentar uma vaga no Américo. Na segunda-feira já espero ter um balanço fechado para as matrículas e os interessados serão avisados”, afirmou.
Primeiro da fila, o mecânico montador Adriano Gomes Dantas chegou às 9h do primeiro dia do ano, quarta-feira, para conseguir uma vaga para sua filha Adriele, 11 anos, que vai cursar a 5ª série neste ano. “Ela foi transferida para uma escola onde não há segurança. Além disso, quero um estudo de melhor qualidade para ela”, disse. Dantas iria trabalhar nesta quinta (dia de abertura das matrículas), mas negociou na empresa para uma compensação de horas perdidas em um outro dia.
A esperança de conseguir estudar na escola central motivou a estudante Patrícia Barreto de Santana, 16 anos, a chegar às 5h desta quinta e ficar embaixo de sol forte para tentar uma vaga para o 1º ano do ensino médio.
Segundo informações da escola, são 83 vagas disponíveis para esse curso para o período noturno e ainda existem outras 32 sobras para o 2º ano do ensino médio (tarde) e outras 38 (manhã) e 22 (tarde) para o 3º ano. “Muita gente teve a mesma idéia que eu. Como a minha família não pode mais pagar escola particular, sugeriram que eu procurasse o Américo. É a minha primeira opção porque tem fama de ser boa escola”, disse a estudante.
Nesta sexta, a previsão é que mais pessoas procurem a escola para tentar vagas de transferência. A diretora Alice afirmou que abrirá novas classes para conseguir atender a demanda. “Vou ficar aqui para, pelo menos, tentar entregar a ficha com o pedido. Quem sabe dou sorte”, disse a dona de casa Marlene Macini, 43 anos, moradora do Jardim do Estádio, em Santo André. Ela, assim como a maioria dos que pleiteiam vagas, não pode mais pagar pela escola particular.
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