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Pré-sal elevará reservas para US$ 500 bilhões
22/10/2009 | 07:00
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O ministro da Fazenda, Guido Mantega, previu ontem que, com os estoques petrolíferos do pré-sal, as reservas internacionais brasileiras no futuro podem chegar a US$ 500 bilhões. "Com certeza", afirmou Mantega após audiência pública na comissão especial da Câmara que discute o projeto de capitalização da Petrobras.

O ministro não precisou o período de tempo que considera necessário para que se concretize essa previsão. Atualmente, as reservas estão em mais de US$ 232 bilhões. Mantega reafirmou que o governo comprará todos os dólares que entrarem no País para capitalização da estatal.

Ele disse que parte importante dos acionistas minoritários da empresa está no Brasil, mas outra parte de investidores está Exterior. O ministro acrescentou que os investidores estrangeiros que quiserem participar da capitalização entrarão com recursos, mas avaliou que não há perigo de valorização maior do real por causa dessa entrada de dólares. Afirmou que, como os dólares serão comprados pelo Banco Central, não haverá pressão sobre o câmbio.

CAPITALIZAÇÃO - Mantega destacou que a capitalização da Petrobras é operação segura, sem risco de perdas para a União ou para a estatal. E que nessa transação não há imponderabilidade e serão feitas compensações futuras para evitar que a haja perdas. E citou como exemplo que se as reservas forem superiores ao valor estimado de 5 bilhões de barris, a Petrobras terá de fazer a compensação. E se forem inferiores, caberá à União compensar a Petrobras. "Não tem incerteza. Ambos ganham. É um jogo de ganha, ganha."

Mantega informou que o governo terá de enviar projeto de lei ao Congresso autorizando a transferência da alienação das reservas e, em seguida, a empresa terá de divulgar nota ao mercado informando que está adquirindo esses direitos.

Ele disse que todo o processo da capitalização deve durar 90 dias, acrescentando que os minoritários serão consultados. E destacou que a capitalização é o primeiro passo para o País começar "a colocar a mão" na riqueza que está no subsolo do pré-sal em benefício da população. Na prática, segundo ele, essas reservas engrossam as internacionais brasileiras porque elas podem ser transformadas em riquezas. De acordo com o ministro, os minoritários "provavelmente não exercerão" plenamente o direito de acompanhar a capitalização da empresa. "Eles têm direito de exercer até 60% da operação desse aumento de capital. Terão 30 dias de para decidir isso, mas provavelmente não exercerão porque é muito dinheiro." Segundo ele, como não deve ocorrer exercício de 100% dos direitos dos minoritários, a União deverá aumentar a participação que tem hoje na estatal.




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