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Saúde é afetada por danos ambientais
William Cardoso
Do Diário do Grande ABC
25/08/2009 | 07:42
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Os danos causados pelo homem ao meio ambiente já afetaram irremediavelmente as condições de vida no planeta, e se trabalha agora para minimizar os problemas. A conclusão é do gerente de Desenvolvimento Sustentável e Saúde Ambiental da Opas (Organização Panamericana de Saúde), Luiz Augusto Galvão, que participou ontem de conferência na Faculdade de Medicina do ABC, em Santo André.

A avaliação de Galvão é baseada em dados atuais, da realidade. O aquecimento global provoca deslocamentos populacionais em áreas costeiras inundadas, a poluição atmosférica em níveis elevados nos grandes centros urbanos e a maior incidência de raios solares nocivos à pele trazem problemas à saúde. "Não dá mais tempo de reverter isso. Tudo o que pudermos fazer será para não piorar, com medidas de adaptação a tudo que já está em curso", explica.

A reconquista do espaço urbano está entre os desafios a serem enfrentados pela humanidade, principalmente em áreas desfavorecidas. É algo visto como fundamental para recuperar a qualidade de vida em grandes centros, onde a violência é uma ameaça real. "O que a pessoa quis fazer no sábado e não pôde por causa da violência? Ela deixou de espairecer, de caminhar e, consequentemente, de chegar com a cabeça tranquila na segunda-feira, o que seria algo saudável", diz.

A minimização dos problemas passa pela redução das desigualdades, que promoverá o acesso de mais pessoas à cidadania. É a criação de uma identidade social fortalecida, com o cidadão tendo consciência de seus direitos e deveres. "Temos de superar um desafio estrutural que é da sociedade como um todo, não só dos políticos", afirma.

GRIPE SUÍNA - Galvão avalia que a preparação para a gripe aviária, desenvolvida nos últimos quatro anos no continente americano, foi importante para evitar danos maiores provocados pela pandemia do vírus Influenza A (H1N1).

Mesmo o combate a doenças como a gripe suína passa por um sistema mais equitativo, com menos desigualdade. "Como se vai pedir para a pessoa adotar medidas de higiene se não há dinheiro nem para comprar o sabão?", diz.




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