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Segundo Lampe, a resistência da montadora em assumir a sua parcela de culpa nos vários acidentes ocorridos no ano passado com seu utilitário esportivo Explorer foi a razão da quebra do acordo.
Segundo o diretor de Assuntos Corporativos da Bridgestone Firestone do Brasil, José Batista Gusmão, a decisão é definitiva e a empresa cumprirá até o fim apenas alguns contratos que restam. “Os pneus que deixaremos de fornecer à Ford representarão cerca de 4% de todos os pneus comercializados nas Américas. No mercado brasileiro este índice está também entre 3,5% e 4%", disse.
Ele afirmou que a empresa vai tentar compensar a perda de contratos, que somam cerca de US$ 19,2 milhões anuais, no mercado de reposição e com exportações. Gusmão disse que outras montadoras utilizam os mesmos modelos (ATX, ATX II e Wilderness AT) que equipavam o Explorer.
O diretor disse que as investigações apontaram falhas na concepção do veículo e que a insensibilidade da montadora em não assumir também os seus erros foi determinante para o rompimento.
O anúncio de Lampe de não mais equipar os carros da Ford aconteceu alguns dias depois que a imprensa divulgou a intenção da montadora de exigir da Bridgestone Firestone a retirada do mercado de um número superior aos 6,5 milhões previstos inicialmente, no fim do ano passado.
Em sua carta, Lampe diz: “As relações comerciais, da mesma forma como ocorre entre as pessoas, devem se baseam na confiança e respeito mútuo. Isto, infelizmente, deixou de existir”.
Depois do anúncio, a Ford divulgou uma nota dizendo-se “profundamente desapontada” com a decisão da Bridgestone Firestone. Segundo a montadora, as acusações da empresa japonesa não procedem porque o veículo sempre esteve entre os primeiros na lista dos mais seguros em seu segmento.
A Ford ainda aproveitou para criticar a Bridgestone Firestone: informou que mais de 2,9 milhões de pneus Goodyear, instalados na Ford Explorer, serviram mais de 500 mil consumidores com segurança.
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