O projeto Vivaleite foi restabelecido pelo governo estadual quinta-feira em todo o Estado. Contudo, de acordo com a Secretaria de Agricultura e Abastecimento, parte do programa já havia sido normalizada em algumas cidades desde segunda-feira.

No Clube de Mães da Rua da Lua, na Vila São Pedro, em São Bernardo, o alimento voltou quinta-feira para os copos de 150 famílias carentes.

A entidade é cadastrada há 17 anos no Vivaleite para fazer a distribuição às crianças do bairro. “Hoje (quinta-feira), todo mundo ficou feliz da vida”, disse a presidente da entidade, Maria Iraci Pereira de Sousa Cruz.

De acordo com ela, junto com o leite foi enviado o cronograma de fornecimento para este mês.

O documento garante a chegada de 300 litros de leite por mês distribuídos duas vezes por semana, às segundas e quintas-feiras.

Cada família tem direito a receber dois litros do alimento por dia.

“Desta vez ninguém voltou com as mãos abanando”, contou Maria Iraci.

O Vivaleite é um programa do governo do Estado e estava paralisado desde o dia 17 de março.

A Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo justificou a interrupção no programa alegando problemas na escolha das empresas fabricantes de leite.

Depois de encerrada a licitação, alguns fornecedores que venceram o processo não apresentaram a documentação necessária e, por isso, foram descartados.

O aumento no preço do leite, de R$ 0,99 para R$ 1,41 o litro, foi outro empecilho, conforme informou o Estado.

A interrupção do Vivaleite deixou, somente no Grande ABC, 43,4 mil famílias sem o alimento.

Ao todo, 720 mil famílias paulistas deixaram de ter o benefício concedido a famílias com renda máxima de dois salários mínimos ou a desempregados que tenham filhos com idade até 6 anos.