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S.Caetano tem tentativa de roubo cinematográfica
James Capelli
Do Diário do Grande ABC
07/01/2001 | 20:21
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Seria um assalto de cinema, não fosse um documento esquecido. Foi no Centro de São Caetano, neste domingo, às 7h. Numa operação cuidadosamente planejada, uma quadrilha invadiu um prédio desocupado na altura do número 1.000 da rua Baraldi e abriu, numa das paredes, um buraco que saía exatamente na sala do cofre da empresa vizinha, a SanCatur, de câmbio e turismo. A frente da empresa é na praça Cardeal Arcoverde e os fundos dão para o prédio invadido. Os assaltantes já estavam furando a lateral do cofre, provavelmente atrás de dólares, quando foram surpreendidos por Oswaldo Nadal, 63 anos, dono da SanCatur, que passou por lá para pegar um documento. Ao entrar na loja, ele ouviu o barulho da furadeira e saiu correndo para pedir socorro.

Quando os policiais chegaram, encontraram o lugar vazio. Os ladrões fugiram com pressa, deixando para trás todo o equipamento que utilizavam: dois cilindros de gás com mangueira e maçaricos, um macaco hidráulico, uma furadeira industrial, várias brocas, ferramentas e até uma roupa preta tipo Ninja. “O valor de tudo gira em torno de uns R$ 4 mil”, avaliou a delegada Telma Regina Violi Preto, do 1º DP de São Caetano, onde a tentativa de roubo foi registrada. Ela disse que não se lembra de casos desse tipo, recentemente, na cidade.

Os assaltantes também cortaram os cabos telefônicos dos postes em frente à casa de câmbio, para se certificar que nenhum sistema de alarme fosse acionado. Cerca de 500 aparelhos da região ficaram mudos até o início da tarde quando funcionários da Companhia telefônica consertaram os estragos.

Os buracos nas paredes também foram fechados neste domingo mesmo. Tanto na empresa de Turismo como no prédio que está vazio, onde, ironicamente, funcionava a empresa Vigil de segurança. O responsável pela Manutenção da SanCatur, Alonso Macedo, 33 anos, disse que ficou impressionado com o rombo feito pelos ladrões: “São uns 60 cm de largura por 80 cm de altura, feitos no lugar exato para chegar ao cofre. Eles mediram tudo antes da operação. A parte difícil ia começar exatamente quando eles foram surpreendidos, porque a parede do cofre onde eles faziam o segundo buraco é toda revestida de aço”.

O plano da quadrilha parece que ia além do cofre da agência de câmbio. O prédio que os assaltantes invadiram também é vizinho de uma agência do Unibanco. Se não tivessem sido flagrados, eles teriam a oportunidade de fazer um buraco na parede que dá para o banco. “Vai saber o que eles planejavam...”, comentou a delegada Telma. “A única coisa que a gente tem certeza é que, dessa vez, eles tomaram prejuízo”, completou.




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