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Gil complica plano solidário de Tite
Analy Cristofani
Do Diário do Grande ABC
28/05/2004 | 22:01
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O clima de desunião e as chamadas panelas no elenco do Corinthians não são a principal preocupação do técnico Tite, que assumiu o alvinegro na quinta-feira. O treinador sabe da dificuldade que é fazer todos se entenderem, principalmente em um grupo grande, mas não abre mão de que os atletas, gostando ou não um do outro, lutem dentro de campo. "Todos têm de pensar que o Corinthians está acima de tudo e eles têm de ser solidários dentro de campo. É isso que quero". Mas Gil provou nesta sexta que as coisas não caminham bem.

O atacante corintiano apontou o descaso em relação à sua recuperação de uma pubalgia como o principal motivo para explicar a má fase que atravessa. O jogador afirmou que no final do ano passado já havia notificado a comissão técnica sobre o problema que o incomodava e o impedia de render, mas o clube o submeteu "a um tratamento meia-boca". Ao dar conta da repercussão de suas palavras, Gil ainda tentou contornar a situação. Porém, só conseguiu colocar ainda mais lenha na fogueira.

"Cheguei a dizer que gostaria de ficar fora durante o período de recuperação. Porém, recebi ordens para me apresentar quando o Oswaldo (de Oliveira, técnico) assumiu, pois tanto o Marcelo (Ramos) como o Rafael (Silva) estavam machucados e o time não tinha atacantes", revelou. O médico Paulo Faria tentou explicar. "O tratamento é clínico, não cirúrgico. Por isso, pôde jogar mesmo durante o tratamento".

O gerente de Futebol do clube, Paulo Angioni, entende que as panelas só existem quando as dificuldades aparecem. "Mas não tenho receio disso. Vi clubes vitoriosos, com grande divisão de grupo. O problema é que, quando se tem adversidades, no caso os resultados ruins, mesmo que não tenha problema nenhum no grupo, sempre vão falar isso ou aquilo. O Corinthians tem um glamour muito forte e, de repente, aquele que era bonito passa a ser feio".

Tite ressalta que nesta equipe estão jogadores experientes, que participaram da final do Campeonato Brasileiro de 2002, e não existe desculpa para nada, nem mesmo para não conquistar pontos e melhorar a posição na tabela. "São seis jogadores da final. Eles só precisam resgatar a confiança, a competitividade, e os resultados virão. Precisamos retomar o padrão para depois sermos arrojados. Quando um profissional se auto-pressiona a dar o seu melhor, ele consegue".




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