O artista flamengo está representado pela tela "'Vista de Itamaracá" (1637) e outros três trabalhos realizados enquanto estava no Brasil - pintou diversas paisagens de memória após voltar à Europa. Depois de Post e Eckhout, é necessário esperar até o século 19 para encontrar novos registros iconográficos sobre o país, pois as fronteiras brasileiras ficaram fechadas por quase dois séculos aos navegantes estrangeiros.
Em compensaçao, com a vinda da Missao Francesa proliferam as imagens feitas pelos viajantes, que se encantavam com a natureza exuberante das novas terras. "Aqui, os artistas estrangeiros encontram um mundo de luz e estranhamento", escrevem os curadores no catálogo resumido da Bienal. A exposiçao segue no tempo, exibindo também outras formas de expressao artística, como a fotografia e a instalaçao.
A mostra é encerrada com obra da série "Lilith", feita pelo artista alemao Anselm Kiefer em 1998, quando esteve visitando Sao Paulo e que retrata de forma impiedosa a metrópole paulistana. Infelizmente a estratégia de criar cenários que tornassem os módulos atrativos ao público leigo - que pode ser questionada em sua integridade - revelou-se ainda mais trágica nesse módulo. Debrets, Eckhouts e Posts dificilmente sobreviverao incólumes ao efeito deletéreo do cenário operístico criado pelo italiano Ezio Frigerio.
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