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Colunismo social mudou sua vida
Adriana Feder
Especial para o Diário
02/06/2010 | 07:54
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O dia do colunista social é comemorado em 28 de Setembro, aniversário do antigo colunista social do Diário, Chiquinho Palmério. Não é coincidência. A data é uma homenagem a um dos grandes profissionais da área na região.

Pouco tempo depois que Palmério foi contratado pelo Diário, em 1971, o profissional responsável pela coluna social na época deixou o jornal. Então o jovem foca (como se chamam os iniciantes no jornalismo) assumiu o visado espaço. Até então, morador de São Paulo, ele mal conhecia Santo André. "Eu seria o último profissional que poderia assumir uma coluna social. Eu não conhecia ninguém na região, não tinha raízes aqui e meus contatos profissionais ainda eram muito pequenos", conta.

Começou "quebrando um galho". Mesmo com a coluna, manteve suas funções no noticiário nacional. Ainda se sentia pouco à vontade. "Alguns meses depois me propuseram assumir a coluna definitivamente. Aí eu já tinha tomado gosto pela coisa, senti que poderia me encaixar nessa função. Tomei coragem e decidi aceitar um espaço próprio e me propus a conhecer as pessoas da região."

No fim de 1974 deixou o Diário, para retornar em 1976 e retomar a coluna, onde permaneceu até 1983. Nessa época, a coluna não mais se chamava Gente e Notícias. Recebeu o nome Coluna S. "Peguei o que eu chamo de período rico da sociedade, com grandes eventos nos clubes, festas beneficentes de alto nível, festas de debutantes. Havia um padrão social de elegância, as pessoas usavam smoking", lembra.

Além da coluna diária, havia as ‘reportagens sociais' na edição de domingo. "Era um estilo mais trabalhoso, mas único. Eu fazia questão de estar presente nas festas para fornecer as informações de bastidores. Anotava os detalhes dos eventos e depois os narrava com precisão. Quem não fosse à festa sabia o que tinha acontecido."

Em sua carreira, também colaborou com a coluna social das revistas Vogue e Expressão. Hoje, tem uma assessoria de comunicação - a CP Comunicação - além de jornais próprios, o ABC Capital, que existe há mais de dez anos, com coluna voltada para a política, e o tablóide O Calçadão, focado no Centro de Santo André.

Sua coluna também promoveu concursos, como o bonequinha do café' que elegeu as mulheres de cor negra mais bonitas de várias regiões do Estado. "Todos os dias apareciam candidatas. Eu publicava as fotos delas com um pequeno perfil. No final houve um evento para eleger a vencedora."

Durante sua carreira, Palmério construiu relacionamentos nos meios empresariais, sociais e políticos. Criou raízes na região em função de seu trabalho na coluna social do Diário. "Tenho saudades de São Paulo, mas hoje sou um cidadão andreense."




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