Ensaiou cenas de rompimento porque não foi atendido no pedido que lhe era mais caro: pôr o aliado e amigo Djalma Moraes (PMDB-MG) no comando da empresa Furnas Centrais Elétricas. "O presidente Lula e a ministra das Minas e Energia (Dilma Rousseff) podem escolher quem quiser (para dirigir Furnas). Eu não participo mais de nenhuma nova conversa", disse nesta quinta-feira de manhã, ao deixar a cidade. Não quis esclarecer, no entanto, se esse gesto significava um rompimento com Lula, de quem foi aliado de primeira hora, conforme sempre lembra a interlocutores.
Itamar, na conversa com Lula, havia defendido que a presidência de Furnas "deveria caber aos mineiros" e no almoço com o presidente, sugeriu o nome de Moraes. Só que o governo não quer um político, mas um técnico no cargo e acredita que o ex-governador tenha outra boa indicação a fazer. "Além disso (de não querer mais brigar por Furnas), vou ficar no sol e no sereno no governo Lula", acrescentou Itamar, sugerindo que não ocupará nem a Embaixada na Argentina, que, de acordo com interlocutores, desejava, nem na Itália, como o presidente ofereceu ao companheiro de campanha. "Não será a primeira vez que fico no sereno", comentou, sem querer falar na palavra rompimento. "Não significa nada", observou, ao lembrar que foi ao Palácio do Planalto atendendo a convite de Lula.
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