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Visão 360 graus deve ir além do cliente
Do Diário do Grande ABC
02/08/2018 | 16:18
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Artigo

Tenho percebido que as empresas têm investido recursos e esforços para obter a tal visão 360 graus do cliente, porém, elas não têm dedicado a mesma energia para ter visão 360 graus de seu próprio negócio. Obviamente conhecer quem é seu público é mandatório, mas engana-se quem pensa que isso é o suficiente. Pelo contrário. Voltar-se para os clientes e para o seu desempenho, isoladamente, e não para o da empresa como um todo, pode ser desastroso. Falo daquele famoso olhar associado ao self-service, que traz informações separadas, parciais, que estão longe de representar visão única da verdade.

Muitas empresas continuam cometendo o mesmo erro, ou seja, utilizar ferramentas de analytics (inteligência analítica) não integradas ao ambiente corporativo, criando, dessa forma, silos de informações. Ter visão individual e dar autonomia ao usuário são importantes, tanto quanto conhecer quem é seu público. Mas é preciso também contar com estrutura capaz de conectar essas pontas em âmbito corporativo; que seja retroalimentável e que permita que informações estratégicas sejam acessadas de qualquer lugar, inclusive por meio de dispositivos móveis. Objetivos dificilmente alcançados sem a governança. Aliás, a governança é grande desafio. Com tanta fonte de informação, quem garante que determinado dado é verdadeiro? Sem falar que para cada departamento informação pode ter significado diferente: para o comercial, a venda é o que foi vendido ao cliente; para finanças, é o que ele já pagou; para o departamento de logística, é o que deve ser entregue. Conceito de governança e de ter visão única dos dados é fundamental.

E é exatamente o que estamos perdendo. Como agora, com o self service analytics, todo mundo pode criar as próprias visões, os dados originais acabam sendo alterados, seja por pontos de vista discrepantes ou por filtragens, que muitas vezes caem no esquecimento. Fora isso, outro erro comum é achar que, pelo fato de a origem ser a mesma, todos os dados que de lá vieram foram validados e são totalmente confiáveis. Esse é o maior perigo, pois o executivo pode pegar dashboard (painel de indicadores) com dados não validados e entendê-los como verdadeiros, tomando decisão errada.

Em suma, engana-se quem pensa que conhecer bem as diferentes partes do negócio isoladamente é garantia de sucesso. A visão 360 graus com governança nada mais é do que você pensar na empresa como um todo e não nos departamentos. A governança não existe para travar processos. Bem utilizado, o analytics pode ser fundamental na jornada de transformação digital das empresas, mapeando caminhos e trazendo mais insights, permitindo que as empresas sejam competitivas em mundo que muda de hora em hora.

Cynthia Bianco é presidente da empresa MicroStrategy no Brasil.

Palavra do leitor

Votem sim!
Está havendo campanha com o objetivo de desestimular o cidadão a votar. Claro que essa atitude beneficiará alguns grupos políticos. Mas, com a devida reflexão – observando inúmeros exércitos de Brancaleone, famílias morando nas calçadas, e lembrando a gigantesca roubalheira –, tem que haver reação, ou seja, votem nos candidatos de seus Estados e municípios, em especial naqueles que apresentarem projetos que tragam benefícios à população. Ou, então, que se renove. Assim o sistema pode ser mudado.
José Carlos Soares de Oliveira
São Bernardo

Não é tudo, mas...
A Operação Lava Jato, comandada exemplarmente por Sérgio Moro, recuperou cerca de R$ 13,5 bilhões dos R$ 42 bilhões estimados de roubalheira na Petrobras. Se olharmos somente cifras, a recuperação é pequena, haja vista que quase 70% desse valor permanecerá nas mãos de corruptos e corruptores criminosos. Nunca é demais lembrar que essa façanha se deu especialmente no governo federal sob a batuta do PT-MDB juntamente com outras siglas, como PSDB, PP, DEM e tantas outras vergonhosas. Não é tudo, mas o avanço foi grande na apuração dos fatos e punição aos culpados, embora nem todos tenham sido alcançados pela Justiça. Há muito ainda que avançar nas apurações, mecanismos de combate à corrupção e punição aos infratores. Neste processo, também aprendemos que, embora imprescindíveis para elucidar os fatos, os acordos de delações premiadas não podem ser tão generosos para os infratores.
Mauri Fontes
Santo André

Leia Mulheres
Gostaria de agradecer a este Diário pela reportagem ‘Hora de ler as mulheres’ (Cultura&Lazer, dia 29). É notório que os espaços dedicados à divulgação literária e à leitura são escassos, ainda mais quando tratam-se de autoras. Ter jornal que dedica espaço para falar desse assunto é algo digno de consideração e nota. Na mesma edição ainda pudemos contar com a divulgação de jovem escritora mauaense que publicará seu primeiro livro. Mais um espaço de apoio. A escolha do conteúdo está de parabéns, a reportagem foi coerente com o projeto e, certamente, ampliará o conhecimento e adesão ao Leia Mulheres. Como mediadora do projeto, esboço minha gratidão, que também foi apontada pelas demais mediadoras, que agradeceram o espaço, o interesse no projeto e na proposta de ler mais autoras. A reportagem sobre o clube de leitura será de extrema importância para que o acesso ao livro chegue a mais pessoas. Agradecimento formal ao jornalista Vinícius Castelli.
Ivone Mariano
Mauá

Vandalismo
A lei não retroage, a não ser para beneficiar eventual infrator. É, pois, absurdo o acatamento pelo Brasil, poderes Executivo e Judiciário, de imposição de órgão de direitos humanos internacional para ‘apurar’ o caso Herzog. A Lei da Anistia, de 1979, e a Constituição, de 1988, são anteriores à adesão do Brasil aos tratados internacionais que os organismos tentam impor ao Brasil para apurar fatos pretéritos. Lamento a posição do ministro das Relações Exteriores, bem como do MPF (Ministério Público Federal), totalmente equivocados à luz da jurisprudência, mesmo que se possa considerar a causa louvável.
Marco Antonio Esteves Balbi
Rio de Janeiro

Esquerda
As divergências entre os partidos de esquerda afetaram as coligações nos Estados. Apenas em cinco unidades da federação, PT, PDT, PSB e PCdoB firmaram alianças. Reunidos em Brasília, representantes das siglas não chegaram a acordo para a disputa presidencial.
Benone Augusto de Paiva
Capital 




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