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Mulher espera 3h30 por ambulância em Sto.André
Luciana Sereno
Do Diário do Grande ABC
03/09/2003 | 21:29
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A dona de casa Maria Aparecida Martins Dutra, 57 anos, teve de esperar três horas e meia por uma ambulância do programa municipal de saúde de Santo André Rolando Saúde após uma sessão de hemodiálise na manhã desta quarta-feira. O serviço é prestado pela empresa Hold CML Saúde Delivery. Há cinco meses, a mesma paciente quebrou o fêmur e fraturou a bacia após cair da maca da ambulância, que não tinha cinto de segurança obrigatório, o que desencadeou uma série de denúncias ao serviço. O marido da paciente, Joel Francisco Dutra, move ação contra a Delivery e a Prefeitura de Santo André por causa deste episódio. No dia 28 de agosto passado, o Diário publicou reportagem em que mostrava documento assinado por funcionários do Hospital Estadual Mário Covas, localizado em Santo André, que atestava demora de até três no transporte de ambulância entre o hospital estadual e o CHM (Centro Hospitalar Municipal) também para pacientes que submetem à hemodiálise.

Segundo Dutra, sua mulher (que é paciente do Sistema Único de Saúde) faz três sessões de hemodiálise por semana. O transporte é feito pelo Rolando Saúde. “A ambulância nos pega em casa às segundas, quartas e sextas-feiras, às 5h30; às 10h30 vem nos buscar na clínica (localizada na avenida Portugal). Dutra afirmou que às 10h30 desta quarta-feira, duas ambulâncias estiveram na clínica para deixar outros pacientes de hemodiálise e os motoristas disseram que não poderiam fazer o transporte de Maria Aparecida porque “estavam em outras ocorrências”. Ele disse que ligou três vezes para o serviço de agendamento, às 11h30, às 12h30 e às 13h10. Às 13h45, a reportagem do Diário – chamada pelo casal – ligou para o serviço Rolando Saúde sem se identificar. A resposta da atendente foi: “Todas as ambulâncias estão atendendo ocorrências nas ruas e não sabemos quando haverá uma disponível para transportar a paciente. Vocês têm de aguardar”. Após identificação da reportagem, a mesma atendente transferiu a ligação para uma pessoa, identificada apenas como Renato, que seria coordenador do serviço de ambulância. Ele informou que, em dez minutos a ambulância chegaria ao local, o que realmente aconteceu.

Ao ser questionada sobre o problema, a Prefeitura, em nota oficial, disse que “a Secretaria de Saúde está apurando todos os fatos relacionados ao caso da usuária da rede pública Maria Aparecida Dutra e tomará as medidas cabíveis”.




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