Se dentro de campo o Corinthians parece viver dias melhores, fora dele as coisas continuam obscuras. No fim da tarde desta terça-feira, oficiais do Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais), acompanhados pelos promotores do Graeco (Grupo de Atuação de Repressão ao Crime Organizado) Roberto Porto e José Reinaldo Guimarães Carneiro, estiveram no Parque São Jorge para a apreensão de documentos, computadores e notas fiscais.

A operação aconteceu sem grandes problemas e contou com o auxílio de oficiais da PM (Polícia Militar). A única ocorrência de resistência à operação, de acordo com pessoas que participaram da ação, foi a tentativa de um funcionário do clube fugir com um computador que pertencia à MSI – parceira do Corinthians –, que estava no departamento de futebol e seria utilizado pelo ex-representante da empresa no país, o iraniano Kia Joorabchian.

As investigações estão focadas na ligação do Parque São Jorge com a N.B.L. Serviços Contábeis. A empresa é acusada de ter emitido aproximadamente 80 notas ficais falsas, que juntas somariam o montante de mais de R$ 430 milhões. O presidente Alberto Dualib e o vice Nesi Curi, ambos licenciados, também são investigados por participação no esquema. Eles também respondem a processo aberto pelo Ministério Público Federal por outros dois crimes: lavagem de dinheiro e formação de quadrilha.