A analista de custos Lucimara Fassi, 25 anos, moradora de Santo André, reclama do atendimento de um hotel na cidade de São Lourenço, Minas Gerais, para onde viajou com a família e os amigos para passar o Réveillon. Ele teve a máquina fotográfica digital e o telefone celular furtados. O hotel nega-se a indenizar a cliente. Ela abriu BO.

Lucimara chegou ao Hotel Global em 29 de dezembro. “No dia seguinte, fomos fazer um passeio após o almoço e quando retornamos, percebemos que tinham sumido algumas coisas”, conta,

Segundo a analista, ao voltarem do Parque das Águas, atração turística local, por volta das 18h, ela e os amigos foram para a piscina. Um funcionário da recepção disse para Lucimara que um hóspede havia achado a carteira do primo dela no salão de jogos. “Achamos estranho, porque ele usava uma carteira menor para sair e deixava a grande na mala”, disse a analista. Desconfiado, esse primo foi até o quarto e não encontrou seu aparelho celular.

“Ele voltou e avisou a gente. Fomos todos olhar nossos quartos. Dos três quartos em que estávamos, dois sofreram furtos”, conta Lucimara. A analista teve um prejuízo de R$ 1.000. Seus primos, que tiveram os celulares furtados, de mais R$ 500.

“O dono pediu para que fôssemos discretos, para não assustar os outros hóspedes, que ele resolveria o problema. Mas no dia de ir embora, ele simplesmente disse que não havia o que fazer”, afirma Lucimara.

De acordo com o Procon, Lucimara tem direito a indenização no valor dos bens e até mesmo por danos morais. “Aquelas placas coladas em quartos que dizem que o hotel não se responsabiliza por objetos de valor deixados no quarto não tem validade. A lei é mais forte do que isso”, explica Manoel Marques, diretor do Procon de Santo André.

“O hotel tem de indenizar o consumidor. Isso está no artigo 14 do Código de Defesa, que trata da responsabilidade objetiva”, completa.