Economia Titulo
Lula: quem achou que crise afetaria a economia 'caiu do cavalo'
Do Diário OnLine
Com Agências
05/09/2005 | 17:03
Compartilhar notícia


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva garantiu nesta segunda-feira, durante a abertura da 39ª Convenção Nacional de Supermercados, em São Paulo, que a crise política não contamina a economia e os pobres não serão atingidos pela turbulência que atinge o alto escalão do governo. Segundo o presidente, aqueles que acharam que a o conflito no cenário político afetaria a economia "caíram do cavalo", pois a economia está cada vez mais sólida.

"Se alguém achou que poderia criar conflito político, exagerar mais ou menos, achando que iria acertar a economia e que o país iria sair do trilho, caiu do cavalo, porque a economia está cada vez mais sólida, e nós não vamos permitir que a crise política atrapalhe o sonho deste país de se transformar em uma grande Nação", disse Lula, acrescentando que a crise pode "prejudicar um político, dois políticos, 30 políticos, mas podem ficar certos que, enquanto eu for presidente da República, nós iremos enfrentar qualquer situação para não permitir que o nosso querido Brasil e, sobretudo, o povo mais pobre, sofra qualquer retrocesso com mudanças na política econômica".

Lula fez questão de ressaltar que a inflação estão controlada, podendo haver uma queda na taxa de juros. Ao falar sobre as reclamações dos empresários sobre a taxa de juros, o presidente lembrou que durante a campanha eleitoral todos defendiam a autonomia do Banco Central, por isso não podem reclamar das decisões dos técnicos da instituição. Ele citou também os últimos resultados positivos do cenário econômico, como o PIB (Produto Interno Bruto), que cresceu mais do que o esperado no segundo trimestre do ano. "Não façam previsões pessimistas, porque a economia pode surpreender", disse.

Pressões – O presidente deixou claro que não cederá a pressões para adotar medidas populistas. Ele disse que está disposto a tomar uma medida impopular em nome da austeridade, como no caso da aprovação do salário mínimo de R$ 384 no Senado, que acabou sendo derrubado na Câmara.

Críticas- Lula disse ver com naturalidade as manifestações contra seu governo. "Acho que é importante a gente estar sempre cobrando, porque a vida tem que ser uma cobrança eterna. Aliás, ninguém cobrou mais no Brasil do que eu. Por isso, nunca reclamarei quando alguém me cobrar".

"Passeata contra o governo, qualquer manifestação, como eu já fiz todas a que eu tinha direito, eu aceito que façam todas contra mim também, sem ficar de cara feia", destacou. Na terça-feira, a Força Sindical e a seccional de São Paulo da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) realizam protesto na capital paulista contra a corrupção no governo.

O presidente, entretanto, pediu que os opositores reconheçam os avanços na economia. "Agora, não podem deixar de reconhecer que o Brasil vive um momento excepcional na sua economia. Talvez não seja tudo aquilo que a gente quer, mas é o máximo que a gente já teve nos últimos anos".




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;