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Eterna Liz
Luis Felipe Soares
Do Diário do Grande ABC
24/03/2011 | 07:00
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Algumas das luzes de Hollywood se apagaram com a morte da atriz Elizabeth Taylor (1932-2011) na manhã de ontem devido a uma insuficiência cardíaca congestiva. A eterna diva da sétima arte estava internada desde fevereiro em hospital em Los Angeles, nos Estados Unidos. Ela lutava desde 2004 contra sérios problemas que impediam seu coração de bombear sangue oxigenado o bastante para chegar a outros órgãos. A atriz deixa quatro filhos, dez netos e quatro bisnetos. O enterro deve ocorrer no fim de semana.
"Minha mãe era uma mulher extraordinária que viveu a vida ao máximo, com muita paixão, humor e amor", disse o filho Michael Wilding em comunicado oficial divulgado. "Apesar de sua morte ser devastadora para aqueles que a mantiveram tão próxima e de forma tão querida, sempre seremos inspirados por sua contribuição duradoura", completou.
Os olhos de cor violeta marcaram época no cinema em todo o mundo e se tornaram sua marca registrada em toda a carreira. Nascida em Londres, iniciou as interpretações aos 10 anos no filme There's One Born Every Minute (sem título em português), de 1942. Sua estrela começou a brilhar na década seguinte, ao lado de nomes como James Dean e Paul Newman, nos títulos Assim Caminha a Humanidade (1956) e Gata em Teto de Zinco Quente (1958), respectivamente.
Seu papel marcante foi o de protagonista no megalomaníaco Cleópatra (1963), longa com orçamento astronômico para os padrões da época. A figura da rainha do Egito ainda soa perfeita para salientar a famosa beleza da musa. A aposta em seu trabalho foi tamanha que ela foi a primeira atriz a receber cachê de US$ 1 milhão.
O talento foi reconhecido pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood em duas oportunidades. Foi indicada ao Oscar de melhor atriz por cinco vezes, levando a estatueta para casa por Disque Butterfield 8 (1960) e Quem Tem Medo de Virginia Woolf? (1966). A última participação no cinema ocorreu no filme Os Flintstones - O Filme, em 1994.

VIDA PESSOAL
A vida pessoal da estrela foi bastante movimentada. No total, Liz Taylor se casou por oito vezes, sendo que o último matrimônio foi em 1991, com o operário da construção civil Larry Fortensky - há boatos que um novo casamento ocorreu em abril no ano passado com o empresário Jason Winters. Um dos seus principais relacionamentos foi com o ator Richard Burton, a quem conheceu nas filmagens de Cleópatra. Eles se casaram por duas vezes: em 1964 e em 1975.
A amizade com Michael Jackson ainda é lembrada pelos fãs e pela mídia. A proximidade era tamanha que Taylor foi chamada para ser madrinha de dois filhos do Rei do Pop, Paris e Prince.
Em 1997, passou por bem-sucedida cirurgia de um tumor no cérebro. Os problemas cardíacos recentes fizeram com que se movimentasse por meio de uma cadeira de rodas nos últimos cinco anos. A morte da Rainha de Hollywood é prova de que a vida é efêmera, mas a lembrança é eterna.




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