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Do fundo do baú

Zeca Baleiro lança álbum com oito canções inéditas e música dedicada a Roberto Carlos

Miriam Gimenes
15/05/2018 | 07:00
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Silvia Zamboni/Divulgação


Todo mundo tem uma ‘caixinha imaginária’ onde guarda ideias e projetos que um dia podem ser colocados em prática. O cantor e compositor Zeca Baleiro, que não foge à regra, acaba de abrir este seu baú e, com parte do que tinha nele, fez o álbum Arquivo Raridades (Saravá Discos), recém-lançado nas plataformas digitais. Das 13 faixas, oito são inéditas e duas delas, autorais – gravadas especialmente para Roberto Carlos.

Baleiro conta que a ideia surgiu no ano passado, quando começou a ‘remexer’ no seu arquivo descobriu muita coisa ‘lançável’. “Assim, criei o projeto ‘Arquivo’, pelo qual já lancei dois CDs de duetos e este de ‘Raridades’. São coisas que considero dignas de mostrar e que estavam ou guardadas ou dispersas em projetos menores, de pouca divulgação”, diz ao Diário.

A música que dá início às 13 é Baioque, de Chico Buarque, que ganhou uma versão rock’n’roll para a trilha sonora da novela Joia Rara (2014), da Rede Globo. “A produção achou a versão rock’n’roll demais para uma novela de época – detalhe que eu desconhecia –. Assim, como não havia mais tempo para uma nova tentativa, a gravação ficou de fora da trilha e permaneceu inédita até agora”, explica Baleiro. Entre as raridades ele destaca também Armadilha, de Nelson Coelho de Castro e Denise Ribeiro, registrada para a série Animal, do GNT,

Do repertório autoral, apresenta A Estrada Me Chama, composta para a série O Dia Em Que Nos Tornamos Terroristas, produzida no Maranhão e exibida na TV Cultura, e Tarde de Abril, feita especialmente para Roberto Carlos.
Esta, em especial, nasceu de uma notícia que Baleiro leu, há dez anos, de que o Rei gravaria um disco de músicas de compositores até então nunca gravados por ele, as ‘novas gerações.’ Tratou de compô-la, gravá-la ao vivo em estúdio, junto com o pianista Adriano Maggo, e enviou para o empresário de Roberto. Nunca, no entanto, soube se ele a ouviu. Talvez a chance seja agora. Sentiu-se frustrado? “Não. Para mim foi um exercício. Se ele gravasse, seria lindo. Mas a música está aí, isso que importa.”

No repertório do disco, que não terá turnê, ele também canta Envolvidão, que mistura rap com MPB, Respeita Januário, uma linda homenagem ao Rei do Baião Luiz Gonzaga, Sonho de Consumo e Por Causa de Você, clássico de Tom Jobim e Dolores Duran.

O álbum ainda inclui duas inéditas gravações ao vivo: O Chamado, sucesso de Marina Lima, que fez parte do repertório da turnê do show Era Domingo (2016), e Ponto de Fuga, de Chico Maranhão. Tem música, portanto, para todos os gostos. 




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