Simples, a sinopse dá conta da missão de um cineasta, incumbido por rede de TV a filmar um ritual de morte dedicado unicamente a anciãs. Ao chegar ao local, cidade pequena no Irã, tem de aguardar a morte de uma das mulheres idosas para cumprir a encomenda. Fica esperando.
Antonioni está na poesia fertilizada pelo tédio, na vida representada como um longo espaço de tempo a ser preenchido ao bel-prazer do homem – não necessariamente de suas necessidades. O personagem espera, vela as suspeições e nada de morte. Nesse meio-tempo, Kiarostami celebra a vida, incrementa O Vento Nos Levará com os signos e metáforas que lhe são peculiares. E insiste (incrível!) em fazer filme grande. Mais uma vez.
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