Economia Titulo Incentivo fiscal
Reunião que define rumo do Rota 2030 será realizada hoje

Encontro entre setor automotivo e governo federal, às 10h, deve dar diretrizes do programa

Soraia Abreu Pedrozo
do Diário do Grande ABC
24/04/2018 | 07:08
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O setor automotivo aguarda com ansiedade definição do programa de incentivo fiscal do governo federal para o segmento. E, após dois meses de espera, reunião envolvendo representantes do ramo, do MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio), da Secretaria da Fazenda e o presidente da República, Michel Temer (MDB), é aguardada para as 10h de hoje.

Conforme informações de bastidores, a ‘queda de braço’ entre MDIC e Fazenda acerca do incentivo fiscal oferecido às montadoras que produzirem localmente e investirem em P&D (Pesquisa e Desenvolvimento), segurança e eficiência energética adiou a definição do Rota 2030. A iniciativa dará continuidade ao Inovar-Auto, encerrado em dezembro, e que contava com benefícios de R$ 1,5 bilhão.

Johannes Roscheck, presidente e CEO da Audi do Brasil, está na expectativa para que seja anunciada, na reunião de hoje, redução de impostos para quem produzir localmente. “Não podemos mais perder tempo. Já perdemos muito. Esperamos o anúncio de um sucessor para o Inovar-Auto desde julho do ano passado, ou seja, lá se vão nove, quase dez meses”, disparou. Ele está confiante, mas ressalta que é fundamental que o encontro resulte em ações imediatas. “Não adianta dizerem que 80% da proposta está pronta, mas 20% só daqui a 12 meses. Dependemos das definições para programarmos novos investimentos à fábrica no Brasil. E se não houver incentivo, é melhor importar do que produzir localmente.”

Em 2015, a companhia alemã inaugurou fábrica em São José dos Pinhais (Paraná), junto à fábrica da Volkswagen – as duas marcas pertencem ao mesmo grupo –, graças ao Inovar-Auto. De lá para cá, já foram investidos cerca de R$ 300 milhões. “Precisamos de algo que nos dê mais competitividade. Queremos trazer mais um modelo para fabricar no Brasil mas, para isso, é preciso incentivo, caso contrário não vale a pena”, completa J. Sétimo Spini.

Segundo Spini, mesmo se houver redução de IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), o preço final fica semelhante ao importado. Com a diferença que, ao produzir no País, a cadeia automotiva é movimentada, e empregos são gerados. 




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