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Funcionários acusam empresa de estelionato
Rodrigo Cipriano
Do Diário do Grande ABC
27/01/2004 | 22:15
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Cerca de 15 funcionários da Premier Contratações, empresa que revende planos de saúde, protestaram na manhã desta terça-feira na frente da firma, que fica na região central de Santo André. O grupo, contratado em dezembro do ano passado, garante estar com salários e comissões atrasados. Para agravar ainda mais a situação, a empresa teria fechado suas portas na última segunda-feira. O caso foi parar na polícia e, segundo o delegado plantonista do 1º DP de Santo André, Percy de Souza Ramos, a Premier será investigada por estelionato.

Os funcionários que participaram do protesto disseram terem sido atraídos até a empresa por um anúncio publicado em jornal, que pedia profissionais com ou sem experiência para trabalhar na área administrativa ou de escritório. Depois de passarem por entrevistas e testes de conhecimentos gerais e específicos, alguns dos inscritos foram selecionados. Esse processo teve início em meados de novembro, segundo os manifestantes. O período de experiência, segundo o grupo, durou até a metade de janeiro.

“Nós tínhamos que conseguir vender cinco planos de saúde. Só então seriamos contratados”, afirmou Daiana Pereira Sepedro, 19 anos, uma das selecinadas pela Premier. Desempregada há três meses, a oferta foi encarada pela adolescente como uma nova oportunidade de se recolocar no mercado. Cada um dos títulos custava ao comprador entre R$ 130 e R$ 160. E, por uma suposta recomendação da própria empresa, os novatos teriam que vender os planos preferencialmente para amigos e parentes.

Segundo Daiane, durante o período, 31 títulos foram vendidos por todo o grupo de manifestantes. No entanto, não se sabe se eles eram ou não válidos. Até a tarde desta terça, nenhum dos compradores prestou queixa neste sentido na delegacia.

Por essas vendas, Diane receberia comissão, que não teria sido paga pela empresa. O salário de R$ 500 mensais, acertado entre ela e os donos da Premier Contratações, também não teria sido honrado.

O suposto caso de estelionato será investigado pela polícia. Nesta terça, nenhum responsável pela empresa foi localizado pelo Diário para comentar as denúncias. O prédio da firma, na região central de Santo André, permanecia com as portas fechadas. O grupo de funcionários prometeu voltar às ruas nesta quinta-feira.

Os profissionais seguirão em passeata da estação central da cidade até o Ministério do Trabalho, no bairro Campestre, onde tentarão reaver suas carteiras de trabalho, que teriam ficado retidas na sede da empresa.




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