Memória Titulo
Um poema para a Festa dos Casa
Ademir Medici
07/04/2018 | 07:00
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 Para:

Claudio Antonio Bonicio, o Tampinha (que salvou essas fotos antigas dos Marson).

Marlene Moratti (a da escolinha do Luiz Casa).

Wilson Moço (que veio logo depois para essas paragens).

 

“O sino anuncia. Pequenina grande. Os festeiros nela faziam barracas. Caramanchão. Todos. Vários de bambu. De tábuas ressequidas. Velhas pela serventia. Anos a fio, ainda serviam. Era Santo Antonio. Nome do pai. Ajudava na montagem. Logo nos divertia. O pau de sebo. Poucos subiam...”

Santa Festa. Bairro dos Casa. Velha colônia. (a) Gino Marson.

 

 

Gino Marson. Psicólogo. São-bernardense das terceira e quarta gerações. Mantém um blog já com 28,4 mil seguidores que traz poesias, artigos de fundos psicológicos, comentários políticos, axiomas e... memória. Confiram em ginomarson.blogspot.com (Ginson Maison).

Exemplo de axioma criado por Gino Marson: “Fazemos de nosso passado o presente calvário”.

Ou: “Dentro da natureza, o bicho humano complica seus acontecimentos”.

Terceiro exemplo: “Temos sentimentos negativos, armazenamos o ódio e a aridez de nossa compreensão...”.

Para nós, no entanto, o que vale é um bom bate-papo com esse ‘batateiro’ nascido nos fundões do bairro dos Casa, em São Bernardo (ei, professor Martins, aqui era a Fazenda Jurubatuba):

“Eu era menino, passava uma semana sem ver uma pessoa passando perto de casa. Era tudo um mato só, com cobra, jaguatirica, cachorro-do-mato.”

Mais ou menos como o biólogo Nei Mello tem mostrado aqui em Memória, na seção Fauna de São Bernardo. Atualíssima.

 

FAMÍLIA

O pai do Gino, Antonio Marson, nasceu em São Bernardo, na colônia próxima à antiga Coap e ao antigo campo do Triângulo, onde o Wilson Moço jogou de goleiro. A mãe, Joana Nascimento, nasceu em Santo Amaro. Veio menina para São Bernardo. Foi criada pelos Medici.

(Santo Amaro e São Bernardo, verdadeiras cidades-irmãs que a Represa Billings separou nos tempos dos Moratti do Jardim Ipê, terra dos avós da Marlene Moratti).

O avô paterno, Pedro Marson, era italiano de Treviso. Chegou mocinho a São Bernardo, no século 19. Tinha 15, 16 anos. A avó, Tereza Breda, também era italiana. Veio para São Bernardo. Sua família muda para Descalvado, Interior de São Paulo. Retorna e se casa com Pedro Marson.

Pedro e Tereza tiveram nove filhos: Regina, Antonia (a Antonieta, mãe do Claudio Bonicio), Angélica, Ana, Angelo (o Angelim, avô do ex-deputado Giba Marson), João (o Joanin), Antonio (o Toni), Giuseppe (o Bepo), Luiz (o Luigi), falecido com 16 anos.

Do casamento de Antonio Marson e Joana do Nascimento nasceram Nair, David, Amadeu, Elena e Gino – o Gino, que estamos apresentando, nosso colega de ginásio.

 

O PSICÓLOGO

Gino nasceu em 19 de setembro de 1948. Estudou na escolinha do Luiz Casa, quando o bairro Assunção não tinha esse nome. Completou o curso primário no Grupo Escolar Maria Iracema Munhoz.

No ‘Iracema’ sentava ao lado de João Antonio Setti Braga, hoje empresário no ramo de transportes coletivos. Outro colega próximo em sala de aula, Ademir Gaschler. Os três com raízes são-bernardenses.

Concluído o curso ginasial e o colegial, no Colégio Leonor e em escolas da Vila Baeta, Gino Marson estudou e se formou em Psicologia pela Faculdade São Marcos.

Hoje, escreve. Faz vinho branco e tinto, ofício que aprendeu com o pai. Dedica-se a ensinar em oficinas de teatro. Profere palestras sobre o comportamento humano. E faz memória. Como esquecer a Capela de Santo Antonio, a Capelinha do bairro dos Casa?

 

 

“...Leilão. Rojões explodiam. Às vezes. Na capela. Ainda de dia. Quanta meninice passava por esse tempo. Se perdia. Se foi. Disse apenas: até um dia...”

Santa Festa. Bairro dos Casa. Velha colônia. (a) Gino Marson.

 

 

Texto: Milton Parron

 

O terceiro programa da série de 12 sobre Copas do Mundo enfocará basicamente o rotundo fracasso da nossa Seleção em 1950.

Teremos depoimentos do goleiro reserva Castilho, do titular Barbosa, que acabou pagando o pato pelo fiasco dos 11.

Também foram editadas declarações do ponteiro Friaça, que fez o primeiro gol do Brasil contra o Uruguai, para quem perdemos o jogo – e o título – por 2 a 1.

Os gols desse jogo, mais os depoimentos do massagista Mário Américo, de Obdúlio Varela e Máspoli, os dois gigantes da seleção uruguaia e, ainda, a impressionante festa em Montevidéu na noite em que os campeões retornaram ao seu país.

Mario Américo revela que na véspera do jogo decisivo era tamanha a confiança e a euforia que o quarto-zagueiro Juvenal conseguiu uma dispensa da concentração por algumas horas para visitar um parente doente. Lá pelas tantas o técnico Flávio Costa recebeu uma ligação para ir buscar Juvenal, que estava bêbado num inferninho da cidade. Quase toda a delegação passou a noite acordada, quando Juvenal chegou trôpego e sob uma saraivada de críticas. Ganhar campeonato de que jeito?

 

Rádio Bandeirantes AM (840) e FM (90,9)

Memória

Em cartaz, Copas do Mundo – terceiro de uma série de 12 programas.

Produção e apresentação: Milton Parron

Hoje, às 23h, com reprise amanhã, às 5h

 

Diário há 30 anos

Quinta-feira, 7 de abril de 1988 – ano 30, edição 6720

Manchete – Funcionalismo vai ter URP congelada durante dois meses

Santo André – Comitiva de Takasaki vem para os festejos de aniversario da sua cidade-irmã.

Paranapiacaba – Surge o primeiro barraco.

Memória – O 4º Centenário de Santo André, em 1953.

 

Em 7 de abril de...

1918 – Morre o sargento Cid, comandante dos destacamentos policiais do município de São Bernardo.

A guerra. Do noticiário do Estadão: o aniversário da entrada dos Estados Unidos na guerra.

1863 – Oficializada a posse de terras do alferes Francisco Martins Bonilha em Rio Grande, hoje Rio Grande da Serra.

1948 – Joaquim dos Santos nasce em Santo André. O memorialista da Vila Humaitá.

 

Hoje

Dia Mundial da Saúde

Dia Nacional do Jornalista

 

Santos do Dia

João Batista de La Salle (França 1651-1719). Com 12 companheiros, fundou, em 1684, a congregação dos Irmãos das Escolas Cristãs.

 

Municípios Brasileiros

Celebram aniversários em 7 de abril:

Em São Paulo, Araçoiaba da Serra (1857), Jeriquara (1964), Óleo (1917), Ribeirão Corrente (1965) e Torrinha (1922)

Na Bahia, Araci

Em Santa Catarina, Ascurra, Galvão, Ipumirim, Ouro e São Domingos

No Espírito Santo, Dores do Rio Preto

No Piauí, José de Freitas

Em Alagoas, Pariconha

Em Minas Gerais, Patrocínio e Rio Doce

Fonte: IBGE




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