Com obras paralisadas desde 2011, a construção da USF (Unidade de Saúde da Família) do Jardim Santo André, em Santo André, se tornou problema para a comunidade local. Isso porque o espaço passou a ser utilizado tanto como abrigo para a população em situação de rua quanto para usuários de drogas. Os moradores reclamam da insegurança gerada.

As obras foram paralisadas ainda na gestão Aidan Ravin (PSB) – entre 2009 e 2012, no entanto, seguem sem avanços. Em reportagem do Diário publicada em janeiro do ano passado, a Prefeitura informou que havia criado comissão responsável pela revisão dos contratos do Executivo para diagnóstico das obras paradas e as providências necessárias para a retomada das mesmas. Passado um ano, nada mudou.

A estudante de Jornalismo Ana Caroline Arjonas, 20 anos, que mora em frente à construção, afirma que toda a vizinhança reclama ser alvo de furtos e de insegurança. “Não temos muito contato (com os usuários que ocupam a área), mas dá para escutar brigas e gritos lá dentro”, relata a jovem. Além da invasão, a obra parada também gera acúmulo de lixo e de entulho, que toma parte do terreno e da calçada. Dentro da construção, o entra e sai de diversas pessoas é constante.

A casa de moradora que não quis se identificar já foi invadida três vezes. Ela diz que reconhece os assaltantes, pois sempre os vê na rua. “Certa vez entraram pela sacada e roubaram um tapete. Em outra, estavam na porta da minha cozinha e eu expulsei”, relata.

Outra moradora diz já ter notificado a Prefeitura diversas vezes ao longo dos anos, mas nunca recebeu retorno, “Total descaso com os moradores daqui”, considera.

A equipe do Diário entrou em contato com a Prefeitura para atualização das informações, mas não houve manifestação até o fechamento desta edição.