O grupo constituía legalmente empresas de distribuição usando documentos falsos para fazer compras que não eram honradas de grande quantidade de produtos alimentícios, de higiene e limpeza, bebidas, eletrônicos, entre outros.
“Eles abriram a empresa com os documentos falsos. As primeiras compras, eles pagaram à vista para conquistar a confiança dos fornecedores. Em seguida, fizeram pedidos bem maiores, só que mandavam faturar com prazos longos. Nesse meio tempo, trocavam as mercadorias de endereço, revendiam tudo e não pagavam os credores”, explicou o chefe dos investigadores, Daniel Damaia.
Os policiais estouraram dois galpões usados pela quadrilha, denominados araras no jargão policial, para estocar as mercadorias. O primeiro deles onde funcionava a empresa Fernandinha Distribuidora Ltda., no prédio de cinco andares do número 3.272 da avenida Senador Vergueiro, em São Bernardo. “Retiramos dois caminhões de produtos do local, e ali iniciamos as investigações sobre o caso. Os galpões eram usados por, no máximo três meses, depois se mudavam para não mais serem encontrados”, disse o delegado titular Adalberto Barbosa.
Na semana passada, os investigadores do distrito localizaram a sede da Distribuidora Cambuí, o segundo galpão usado pelo grupo, no número 3.660 da rua da Mooca, na capital. No lugar havia um volume maior de mercadorias, mais de 15 cargas diversas na mesma situação, compradas e sumidas sem pagamento. Júnior e a mãe, Marlene, a locatária do imóvel, eram sócios no negócio, com falência datada de maio passado.
“Os galpões e as empresas eram bem constituídos, locais grandes que passavam a impressão de bom negócio aos fornecedores sem levantar qualquer suspeita”, disse delegado assistente, responsável pelo inquérito, Evandro Augusto de Lima.
Com base nas provas colhidas, o delegado pediu e conseguiu as prisões temporárias dos acusados pelo crime organizado de formação de quadrilha, eles estão indiciados também por falsidade ideológica e estelionato.
Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.