Tão logo soube do resultado das prévias do PSDB de Mauá, realizadas sábado, a deputada estadual Vanessa Damo (PMDB) tratou de afagar o vencedor do processo, o vereador Edimar da Reciclagem. O intuito é estreitar os laços para garantir a parceria entre os partidos na eleição de 7 de outubro, com a peemedebista na cabeça da chapa. O vereador, no entanto, se mantém arredio sobre a aliança.

"Há grande possibilidade de trilharmos caminho único para a eleição", sugeriu Vanessa, ao considerar que o vereador seria "bom nome" para ser seu candidato a vice. "As prévias mostraram que o Edimar é o nome mais forte dentro do PSDB. Além disso, nossos projetos são muito próximos. É uma pessoa com boas ideias", elogiou.

Do outro lado, porém, nada de otimismo com a chance de aliança no primeiro turno. "Agradeço a fala dela, mas temos (PSDB) um projeto. Podem até ser parecidos, mas aliança só poderá ser viável no segundo turno, garantiu Edimar.

Um dos principais atrativos da disputa é a presença do governador Geraldo Alckmin (PSDB) no palanque. Vanessa Damo integra a base de sustentação ao Palácio dos Bandeirantes na Assembleia e goza de prestígio com o cacique tucano. Edimar, por sua vez, representa a tentativa de o PSDB voltar a comandar Mauá após 16 anos. Um dos principais nomes da história do partido na cidade é justamente o do ex-prefeito Leonel Damo, pai de Vanessa, hoje no PMDB. 

INDIFERENÇA

Enquanto Vanessa corteja Edimar, o prefeito, Oswaldo Dias (PT), que buscará a reeleição, trata com indiferença os rumos do PSDB no pleito. "Para nós, não muda nada. Eu avalio o PT. Estamos organizados, animados e preparados."

Edimar classificou a fala do petista de "infeliz". "O PSDB, com candidatura própria, será ameaçador, por ser a renovação."