O pré-candidato do PSDB ao Paço de Santo André, vereador Paulinho Serra, disse ontem que sua situação para encabeçar a chapa majoritária tucana "está melhor agora" do que dias atrás, quando a executiva do partido iniciou conversas para possível aliança com o prefeito Aidan Ravin (PTB).

A melhoria no cenário, segundo Paulinho, se dá após acalorada reunião da executiva estadual na segunda-feira. De acordo com o parlamentar, ficaram definidos critérios transparentes para que sua candidatura seja avalizada ou não pela direção paulista.

Três quadros que seriam analisados: viabilidade política de Paulinho (por meio de pesquisas de intenção de votos e rejeição), avaliação do governo Aidan e a conjuntura na Capital, onde o PTB pode apoiar José Serra (PSDB) e influenciar no panorama em Santo André.

"São dois itens que envolvem diretamente a cidade: estou bem nas pesquisas e a administração patina, sofrendo com denúncias de corrupção no Semasa... é complicado. Outro item é externo, está em São Paulo e temos de esperar o que vai acontecer. Minha situação está melhor agora, mais clara, transparente. Tenho aval para continuar trabalhando a pré-candidatura", salientou Paulinho. "Estou seguindo o que determina resolução do partido (de que em cidades com mais de 100 mil habitantes o PSDB terá candidato a prefeito). A municipal tem de definir um nome apenas. Qualquer coisa diferente disso, a estadual decide o rumo da legenda", acrescentou, ao observar que as declarações polêmicas que proferiu anteriormente são coisas do passado. "Já pedi desculpas públicas. E vou procurar alguns pessoalmente para aparar qualquer aresta que tenha restado. Estou paz e amor."

O deputado estadual Orlando Morando (PSDB) participou da discussão do diretório estadual na segunda-feira e defendeu candidatura própria. "80% dos candidatos a vereador querem que o partido lance chapa a prefeito. Mas existe uma corrente na direção municipal que quer se aliar ao Aidan. Tem de ser considerada a vontade da militância como um todo. Paulinho saiu fortalecido."

O presidente do PSDB de Santo André, Ricardo Torres, também presente ao encontro da executiva paulista, disse desconhecer os critérios apontados por Paulinho. Mas confirmou que a estadual tem de autorizar as decisões da municipal. "Há duas teses: uma de candidatura própria e outra de coligação. A fixação de nomes neste momento é secundária. Se decidirmos por aliança, encaminhamos pedido para autorização da estadual. Se optarmos por candidatura própria, teremos de discutir os métodos de definição do nome, que pode ser por prévias. E, neste caso, também tem de passar pela estadual. Mas a bola ainda está com a gente (da municipal)", discorreu.

O coordenador regional do PSDB, William Dib, e o presidente da executiva estadual tucana, Pedro Tobias, participaram da reunião de segunda-feira, mas não retornaram aos contatos da equipe do Diário.