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Prefeituras não têm planos práticos de melhorias
Camila Brunelli
17/05/2011 | 07:59
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As temperaturas já começaram a cair na região, e a situação dos albergues é crítica, conforme reportagem publicada ontem pelo Diário. Os abrigos estão sujos, apertados, e as Prefeituras informam que pretendem melhorar o atendimento aos usuários, mas não detalham em qual aspecto ou a partir de quando. Valores de investimentos também não foram informados pelas administrações de Santo André, São Bernardo e Diadema. Ribeirão Pires e Mauá não responderam aos questionamentos da equipe do Diário.

Atualmente, as três cidades, juntas, oferecem 280 vagas para pernoite. Como trata-se de demanda variável, não é possível calcular o deficit das cidades. Santo André, por exemplo, assumiu que no inverno a demanda por esses abrigos aumenta até 15% - até porque as abordagens realizadas pelos educadores sociais são intensificadas, a fim de diminuir o número de pessoas expostas ao frio.

Ontem, o Diário publicou matéria sobre as péssimas condições de abrigo na região. Repórter dormiu duas noites em albergues e viu cenas que iam desde abrigado urinando no canto do quarto coletivo, até consumo de maconha e cocaína nos banheiros além de bebida alcoólica. No café da manhã, bolachas murchas e pães amanhecidos com café com leite morno. Em Ribeirão Pires, Mauá e Diadema, os abrigados reclamavam da falta de espaço.

O representante da Associação Rede Rua, Alderon Costa, disse que os adultos em situação de rua constantemente reclamam das comidas servidas em albergues. "Nem sempre a comida recebida de doação está dentro do prazo de validade. Além disso, os funcionários não são preparados."




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