“Este ano está praticamente perdido”, disse o presidente do Conselho de Administração da Amcham, Sérgio Haberfeld. O executivo, também presidente do Conselho da Dixie Toga, explicou que, neste mês, houve um “brutal desaquecimento” nos pedidos de embalagens, um dos principais termômetros do comportamento da economia nacional. “Os empresários não estão investindo, pois estão cautelosos esperando o que vai acontecer. Aguardando o desfecho da situação externa, pois os riscos são grandes”, destacou o diretor-superintendente do Moinho Pacífico, Lawrence Pih.
O cenário externo, com a proximidade da guerra, é outro fator que vem deixando o setor privado brasileiro pessimista. Haberfeld disse que os indicadores macroeconômicos da economia norte-americana – 1,6% de inflação em janeiro, US$ 435,2 bilhões de déficit comercial em 2002 e crescimento dos pedidos de auxílio-desemprego – deverão afetar não só a economia mundial, mas também o Brasil. Para o presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Horácio Lafer Piva, o primeiro semestre, em termos de crescimento econômico, está perdido. “E se os juros continuarem elevados, vamos comprometer o crescimento de todo o ano. As reformas têm de acontecer.” Para ele, o aumento dos juros e do compulsório é o responsável por esse quadro de incertezas.
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