O líder do governo na Câmara, deputado Arnaldo Madeira (PSDB-SP), informou nesta segunda-feira que a medida provisória que fixa o valor do salário mínimo em R$ 200 e as propostas que criam os planos de carreira e reajustam os vencimentos dos servidores não serão votadas antes da aprovação da emenda que prorroga a cobrança da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF).

Segundo Madeira, como o Orçamento da União deste ano não inclui os recursos necessários para promover o reajuste dos servidores do Ministério Público e do Judiciário, a votação da CPMF é essencial para que um aumento salarial para a categoria possa ser discutido. Ele lembrou que o atraso na aprovação da emenda, além de prejudicar a execução orçamentária, provoca perdas semanais de R$ 420 milhões.

"O governo está sendo responsável e apenas cumprindo a Lei de Responsabilidade Fiscal, que proíbe o aumento de gastos sem haver a fonte de receita", afirmou, de acordo com informações da Agência Brasil.

Apesar da demora na apreciação da emenda que trata da CPMF, o deputado Paulo Paim (PT-RS) pediu aos parlamentares que compareçam ao plenário da Câmara nesta terça-feira para votar a MP do salário mínimo. Segundo ele, a população não entenderá a falta de quórum, uma vez que o feriado (Corpus Christi) é somente na quinta-feira.