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Copom destaca alta do petróleo e compras de fim de ano
Do Diário OnLine
Com Agências
28/10/2004 | 11:10
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O Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central divulgou nesta quinta-feira a ata da reunião que elevou a taxa de juros básica para 16,75%. Os técnicos justificaram o aumento por causa do risco da inflação, que estaria sendo pressionada pelo aumento do preço do petróleo e pela aproximação das compras de fim de ano.

Os juros foram aumentados apesar da redução da inflação em setembro. No mês, o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) registrou alta de 0,33%, contra a elevação de 0,69% em agosto.

O documento distribuído pelo Banco Central diz que, apesar da desaceleração recente dos preços no atacado, houve alta acumulada de 4,8% no trimestre entre julho e setembro. A elevação no varejo foi de 1,3%, segundo o IPCA.

A ata do Copom ressalta o "caráter transitório de grande parte das influências positivas observadas no período" e admite que as projeções de inflação estão acima da meta central de 5,5% para este ano e acima do objetivo de 5,1% para 2005.

De acordo com a ata, o cenário considerado nas simulações futuras contempla a hipótese de manutenção da projeção de reajustes dos preços da gasolina em 9,5% no acumulado do ano. O gás de botijão, por sua vez, terá reajustes de 4,9% — acumulado menor que os 6,2% estimados no mês anterior.

O Copom manteve a projeção de 8,5% do mês de agosto para o conjunto dos preços administrados por contrato e monitorados neste ano (6,9% em 2005). As tarifas de energia elétrica residencial encerrarão o ano 11,5% mais caras e a única revisão, para cima, foi com relação à telefonia fixa — a projeção passou de 13,9% para 14%.

Segundo a ata do Copom, o arrefecimento da inflação medida nos preços livres, em especial quanto aos alimentos in natura, não foi suficiente para estancar a deterioração das expectativas para a inflação de 2005, "a despeito da apreciação (valorização) da taxa de câmbio, do comportamento favorável da inflação corrente, da queda recente dos preços internacionais de importantes commodities e da sinalização de aperto da política monetária nos últimos meses".




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