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'Dream Team' conhece a tragédia grega
Da AFP
16/08/2004 | 14:47
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Os Jogos de Atenas-2004 entrarão para a história do basquete a partir da queda total do mito em torno do 'Dream Team', a equipe dos sonhos formada por jogadores que atuam na NBA (Liga americana). A equipe perdeu sua invencibilidade de 24 partidas em Olimpíadas com a derrota no domingo para Porto Rico (92-73). Cerca de 12 mil pessoas assistiram no Complexo Heleniko, na capital grega, o sonho se converter em pesadelo, quando os jogadores americanos tiveram sua quarta derrota na história dos Jogos.

O 'Dream Team' foi criado para Barcelona-1992, reunindo pela primeira vez jogadores da NBA, do nível de Earvin 'Magic' Johnson, Larry Bird e Michael Jordan. Esta equipe venceu na final a Croácia e recuperou a medalha perdida quatro anos antes em Seul.

Nos Jogos de Atlanta-1996, uma seleção liderada por Shaquille O'Neal manteve o primeiro lugar do pódio, que foi repetido em Sydney-2000. Já em Atenas, o treinador Larry Brown, campeão com Detroit Pistons na última temporada da NBA, não conseguiu reunir as principais estrelas do país, que desistiram de competir com medo de ataques terroristas ou por problemas pessoais, por isso formou uma equipe com jogadores de "segunda linha".

A derrota americana no domingo tem como paralelo a ocorrida em 1997 nos Pan-Americanos para o Brasil e no Mundial de 2002 para a campeã Argentina. "Estão diminuindo as distâncias, e algum dia vão nos derrotar", disse Charles Barkley, campeão olímpico em Barcelona.

O jogador Allen Iverson, do Pacers, reconheceu depois da derrota que Porto Rico jogou "muito bem", e disse que os adversários foram superiores a sua equipe. Segundo Iverson, o 'Dream Team' também errou muitos arremessos e o resultado desta partida representa um contratempo para a equipe que agora deve se concentrar na luta pelo ouro.

O jogador acrescentou que esta derrota não representava o "fim do mundo". "Sou otimista, porque aprendemos com a derrota e vamos nos esforçar mais", disse. O treinador americano revelou que tinha conversado antes da partido com os jogadores sobre o orgulho que sentem os integrantes das outras equipes sentem por representar seus países.

"Como técnico me sinto desiludido e humilhado, não pela derrota com a qual convivo, mas porque talvez não fiz um bom trabalho e não consegui que meus rapazes jogassem como uma equipe", destacou. De acordo com Brown, os Estados Unidos têm ainda oportunidade de mudar a mentalidade e seu trabalho será procurar uma maneira para conseguir isso. Nesse processo o experiente treinador terá que fazer isso muito rápido porque ainda vai enfrentar a Grécia, Austrália, Lituânia e Angola, seus adversários do Grupo B do torneio olímpico.




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