Houve um tempo no Grande ABC em que qualquer pesquisa realizada com a população apontava que a falta de Segurança era o motivo de maior preocupação, sobretudo nas décadas de 70 e 80, quando os crimes de homicídio lideravam as estatísticas. Diadema, inclusive, levava a pecha de Baixada Fluminense da região, em referência ao aglomerado de cidades do Rio de Janeiro onde se matava praticamente mais do que em uma guerra. O tema ainda está na ordem do dia, mas já divide a liderança no ranking e em alguns momentos até perde o posto para a questão do desemprego.

E nem poderia ser diferente quando se sabe que existem na região em torno de 233 mil desempregados, a maior parte colocada no olho da rua no rastro da grave crise econômica que atingiu o mundo a partir de 2008. E que no Brasil se tornou ainda pior em 2014, ano da turbulenta reeleição da então presidente Dilma Rousseff (PT), que acabou destituída em 2016, e dos efeitos da Lava Jato, operação deflagrada para apurar atos de corrupção na Petrobras, mas que se alastrou e levou de roldão políticos, empresários e empresas acima de qualquer suspeita.

Aliás, corrupção já apareceu em pesquisas pelo País afora como motivo de grande preocupação, mas já não está no topo da lista. Equipe deste Diário foi às ruas nas sete cidades para saber o que moradores gostariam que seus municípios ganhassem de presente neste Natal. Segurança e mais emprego são os principais desejos, mas também a Saúde é lembrada, assim como serviços de manutenção em ruas e córregos, entre outros serviços.

A equipe também esteve em três ruas, em três cidades, batizadas com o nome Natal. Coincidência ou não, a crise econômica e o desemprego levaram as famílias a optar por comemorações modestas neste ano, sem enfeites natalinos e nada de ceias fartas na noite de Natal ou churrascos. Mas ainda há esperança de mudar o rumo da história e começar 2018 com emprego novo. Nesta edição de Natal, o Diário traz 1.014 oportunidades. Passado o feriado, é hora de ir em busca da tão sonhada vaga.