Logo ao chegar na esquina da Travessa Mirim com a Avenida Tibiriçá, localizadas na Vila Homero Thon, em Santo André, a situação da calçada chamou a atenção. A área que deveria servir para a circulação livre de pedestres está tomada pelo mato. 

Com média de 25 passos, é possível atravessar a área, também usada para descarte de madeira e terra. O mato que cresce no local quase ultrapassa os dois metros de altura, o que faz com que os moradores normalmente utilizem a rua ou atalhos para chegar ao local desejado. A calçada, que não é estreita, fica inutilizada sempre que a manutenção demora a ser feita. 

No momento em que a equipe do Diário encontrou a estudante de Letras Gabriela Silva Souza, 31 anos, que chegava em casa com o filho, ela se dirigiu para o meio do mato alto para mostrar o tamanho do problema. Normalmente, ela muda o caminho para fugir do matagal. O verde escondeu completamente a moradora, que criticou a situação.

“Aqui acumula bichos e sujeira. Tem muitos pernilongos e mosquitos, inclusive já peguei dengue e vai saber se foi por conta disso. Às vezes passo por, mas como está assim prefiro cortar caminho pela outra rua”, diz. 

No alto de seus quase dois metros de altura, o eletricista de automóveis Danilo Benedito Zerlotti, 51, utilizou a calçada para ir ao restaurante na hora do almoço. Mesmo com a presença do mato que o cobria, ele não se importou em andar pela área reservada aos pedestres. “ Por todo lugar está assim, mas ali está alto e tem que fazer a limpeza. Quem é responsável tem que tomar as atitudes e limpar. É perigoso até alguém se esconder nesse local, que está parecendo uma Mata Atlântica”, lamenta ele.

Em nota, a Prefeitura de Santo André informou que vai enviar equipe para realizar a capinação e outros cuidados no local. Ainda segundo a administração, até sexta-feira o espaço estará em ordem.