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FUABC e Mauá decidem criar grupo para negociar valor da dívida do município com entidade

Órgão cobra R$ 123 milhões em débitos, mas Paço discorda da quantia

Júnior Carvalho
Do Diário do Grande ABC
25/11/2017 | 07:00
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Nario Barbosa/DGABC


Em reunião realizada ontem, a FUABC (Fundação do ABC) e o governo do prefeito de Mauá, Atila Jacomussi (PSB), decidiram que vão negociar o real valor da dívida do município com a entidade, referente a quantias não pagas em contrato de gerência dos equipamentos de Saúde.

De acordo com a FUABC, foi criado novo grupo de trabalho a fim de “estabelecer composição amigável, com equipe da Prefeitura e da FUABC trabalhando em parceria, em busca de um valor consensual”. Participaram do encontro, segundo a entidade, o próprio prefeito, o presidente da FUABC, Carlos Maciel, e os secretários de Saúde, Márcio Chaves (PSD), e de Governo, João Gaspar (PCdoB), de Mauá.

Responsável pela gerência do principal equipamento hospitalar da cidade, o Hospital de Clínicas Doutor Radamés Nardini, e das UBSs (Unidades Básicas de Saúde) do município, a FUABC cobra dívida de R$ 123 milhões referente a serviços prestados e supostamente não pagos pelo Paço desde 2015 – a entidade atua em Mauá desde 2013.

A Prefeitura, por sua vez, discorda dos valores e pleiteia transparência por parte da FUABC. O Paço não divulga os próprios valores, mas garante que a quantia é bem menor e que o órgão precisa apresentar notas comprovando o montante reivindicado.

SUBSTITUIÇÃO
Sobre a troca no comando do Nardini, a FUABC informou que ainda não foi definido um substituto para Vanderley da Silva Paula, o terceiro superintendente do hospital no ano, que pediu demissão há cerca de um mês alegando ingerência política em seu cargo e que segue no posto.

A troca, porém, se arrasta há semanas e, segundo apurou o Diário, na reunião de ontem não saiu um nome para substituí-lo. “Trata-se de cargo (superintendente) designado pelo conselho curador da FUABC, órgão que será responsável pela indicação de um novo nome. Apesar de ainda não estar definido quem assumirá a função, foi consenso na reunião a necessidade de um processo de transição, a fim de que os trabalhos não sejam prejudicados”, alegou a Fundação, por meio de nota.

Outro ponto acordado no encontro foi a “necessidade de readequação do contrato” entre o Paço mauaense e a FUABC. O acordo vigente se encerra em fevereiro do ano que vem e a entidade já externou o desejo de continuar prestando serviços ao município. O desejo do núcleo duro do governo Atila, porém, é contratar nova OS (Organização Social).
(Colaborou Raphael Rocha) 




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