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Ato em Diadema defenderá candidatura de Lula em 2018

Atividade vai celebrar 35 anos da 1ª vitória do petismo, além de servir para erguer plano do ex-presidente, alvo da Lava Jato

Raphael Rocha
do Diário do Grande ABC
16/11/2017 | 07:00
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Montagem/DGABC


Além do tributo à primeira vitória do partido em um processo eleitoral, o ato político que o PT vai organizar em Diadema no sábado terá como mote a defesa da candidatura ao Palácio do Planalto do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT, 2003-2010), estrela do evento partidário. A data marca os 35 anos do êxito no pleito municipal apenas dois anos depois da fundação da sigla.

Em meio à pré-campanha impulsionada pela militância da legenda, Lula responde a diversas ações no âmbito das operações Lava Jato e Zelotes e, a despeito de já ter dado pontapé inicial ao projeto de buscar o retorno à Presidência da República, pode ter candidatura inviabilizada juridicamente. Caso tenha condenação em primeira instância confirmada no TRF (Tribunal Regional Federal), ele será enquadrado na Lei da Ficha Limpa.

Prefeito de Diadema por três mandatos e pré-candidato a deputado federal no ano que vem, José de Filippi Júnior (PT) admite que o ato de sábado terá um caráter de apoio a Lula. “Daremos um abraço de solidariedade, a cidade de Diadema levará esse carinho para ele. Ele é o político mais perseguido do País”, disse Filippi, que foi tesoureiro da segunda campanha de Lula ao Planalto, em 2010, e também é acusado pelo MPF (Ministério Público Federal) de supostamente receber propina com dinheiro desviado de contratos da Petrobras. Ele nega qualquer irregularidade nas atuações realizadas.

Presidente do diretório do PT de Diadema, Adi dos Santos reconhece que a atividade terá espaço significativo de apoio à principal figura do petismo. “Tudo começou com o Lula, a ideia de formar o Partido dos Trabalhadores, a CUT (Central Única dos Trabalhadores). Diadema tem muito carinho pelo presidente Lula, por tudo que ele fez pela gente. Diadema vai retribuir tudo que ele nos ajudou.”

O evento estava marcado para a subsede do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, no bairro Piraporinha, mas foi transferido para a Praça da Moça. A ideia dos organizadores foi de tentar transcender o ato para além do petismo, buscando apoio de populares que transitarão pelo Centro da cidade na manhã de sábado.

O primeiro prefeito da história do PT, Gilson Menezes, foi convidado a participar do tributo, mas já avisou que não vai comparecer. Hoje filiado ao PDT, Gilson se mudou para o Interior de São Paulo e se tornou um crítico do petismo – em 2016, concorreu sem sucesso a uma vaga na Câmara em chapa liderada pelo atual prefeito Lauro Michels (PV).

A partir da vitória de Gilson, em 1982, o PT administrou o município por praticamente 30 anos (entre 1997 e 2000, o prefeito era Gilson, porém filiado no PSB). A dinastia se encerrou em 2012, quando Lauro impediu a reeleição de Mário Reali (PT). 




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