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Planejar a Rio Grande de 2040
Do Diário do Grande ABC
09/11/2017 | 11:54
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Comecei há quatro anos pesquisa no banco de dados deste Diário sobre Rio Grande da Serra. A ideia inicial era coletar reportagens, artigos e editoriais publicados sobre o chamado corredor polonês, faixa de terra entre as divisas de Rio Grande e Santo André, cuja disputa de titularidade entre os dois municípios girava em torno da destinação dos polpudos impostos recolhidos pela então Indústria Química Eletro Cloro aos cofres de Santo André e motivo de cobiça pelo Paço da cidade caçula da região. A tão sonhada arrecadação equivaleria, conforme reportagens dos anos 1970 – com declarações dos então prefeitos de Rio Grande da época –, a quatro orçamentos da cidade e, assim, teria contribuído para o município se livrar do eterno estigma que o persegue, que é o de ser o primo pobre da região.

O território, como é óbvio, se mantém propriedade andreense, e o tal embate levado a cabo por autoridades de Rio Grande conferiu à iniciativa ar quixotesco, pois envolveu alguns insucessos, como as tentativas frustradas de se organizar plebiscitos, nos anos 1960 e 1970, para colocar em votação a transferência para Rio Grande da área litigiosa e até mesmo o movimento de criação, nos anos 1990, de novo município, que reuniria todo o atual território de Rio Grande junto com as áreas do bairro de Campo Grande e da vila ferroviária de Paranapiacaba. Além de não contar com esse reforço em seu caixa, o município caçula é obrigado a tocar serviços essenciais, tendo que se virar e conviver com o drama do cobertor curto no que diz respeito ao financiamento de suas políticas públicas. Por não possuir empresas em seu território, em área 100% em mananciais, Rio Grande é totalmente dependente de recursos como o FPM (Fundo de Participação dos Municípios).

Daqui a pouco chegará ao fim o primeiro dos quatro anos do atual mandato do prefeito e dos vereadores. Restarão, portanto, três anos, os quais poderiam ser ocupados com exercício de futuro: iniciar movimento com o intuito de pensar e planejar Rio Grande para as próximas duas décadas. Planejamentos urbano, orçamentário, ambiental, social e de Mobilidade Urbana poderiam servir de pontapé inicial para as discussões. O trabalho, no entanto, poderia começar a partir da resposta de alguns desafios, como, por exemplo, qual a Rio Grande que queremos para 2040? Como se daria o autofinanciamento para as suas despesas? O que fazer para ampliar e melhorar a arrecadação? Como tirar proveito da preservação dos mananciais em benefício de cidade mais agradável e com opções?

 Ademais, esse fórum sobre o futuro de Rio Grande só poderá se tornar realidade se houver vontade e interesse dos atuais mandatários, além de quem gosta e quer o bem da cidade.

Roberto Nascimento Anastácio é jornalista, consultor em comunicação e morador de Rio Grande da Serra.

Palavra do leitor

 Billings

 Será que a estupenda reportagem neste Diário contra a degradação da Billings (Setecidades, dias 21, 22, 23 e 24 de setembro) e todo o seu ecossistema e a louvável iniciativa da vereadora Sueli Nogueira (dia 2) em envolver várias instituições e autoridades para a tardia preservação desta riqueza natural terão algum efeito? Torço para que sim, mas não me iludo. Vinte mil moradias instaladas irregularmente despejando esgoto in natura nessa área dá real diagnóstico da indolência, irresponsabilidade e do passivo ambiental que as futuras gerações herdarão de Estado caro, ineficiente e descompromissado com a qualidade de vida.

Adauto Campanella

 São Caetano

Diarinho – 1

 Nós, alunos do 4º ano A, da Escola Estadual Atíllio Tognato, no Jardim Alvorada, em Santo André, estamos desenvolvendo projeto sobre o Diário, para aprendermos mais sobre o próprio jornal e também sobre esta coluna Palavra do Leitor. Lendo a reportagem ‘Disputando além do tempo’ (Diarinho, dia 5), gostaríamos de dar nossa opinião. Estamos ansiosos para assistir à estreia do remake da Corrida Maluca. A maioria da sala adora o antigo desenho e quer conhecer a nova versão. Nós também iremos gostar de assistir a este desenho com a família, já que pais e avós viam quando pequenos. Achamos também interessante a ideia de confrontarmos o passado com o nosso presente, remodelando o desenho para o mundo atual. Um abraço de todos nós.

Alunos do 4º ano A da EE Atíllio Tognato

 Santo André

Diarinho – 2 

 Nós, alunos da Escola Estadual Melvin Jones, bairro São João Clímaco, em São Paulo, lemos a reportagem ‘Desmatamento é triste realidade da maior floresta’ (Diarinho, dia 17). A nosso ver, esse assunto contribuiu muito para nosso aprendizado, pois estamos estudando a matéria relacionada ao desmatamento da Floresta Amazônica. Com certeza, é triste saber que uma das maiores florestas vem sendo devastada e perdendo sua exuberância original. Sem dúvida isso prejudica a todos os seres vivos do meio ambiente. No entanto, pensamos que deverá haver conscientização de todos e o apoio do governo na efetiva fiscalização da Mata Atlântica. 

Alunos do 5º ano A da EE Melvin Jones

 Capital

 

Sérgio Cabral

 Não exagero ao chamar Sérgio Cabral de mafioso, corrupto e exímio formador de organização criminosa. Como já está condenado em várias de suas ações na Justiça por desvios de centenas de milhões de reais dos cofres públicos. Porém, agora, o ex-governador do Rio de Janeiro, que está preso, supostamente está financiando a compra de dossiês! Se confirmada pela Polícia Federal essa encomenda dos dossiês, faria muito bem o STF revogar o habeas corpus concedido pelo ministro Gilmar Mendes, que evitou a transferência de Cabral para presídio de segurança máxima. 

Paulo Panossian

São Carlos (SP)

Reforma

 Lendo a reportagem sobre a reforma trabalhista, deixo minha opinião sobre a preocupação dos sindicatos em ter as contribuições facultativas (Economia, ontem). O sindicato da saúde já buscou sua alternativa. Sinceramente não sei por que os sindicatos têm com que se preocupar, pois estamos falando de leis brasileiras, onde temos uma das maiores cargas tributárias do mundo e pagamos taxas que nem sabemos ao certo onde são investidos os valores arrecadados. Voltando a falar sobre as contribuições sindicais, já criaram a contribuição para sustentabilidade do sistema sindical, ou seja, as empresas vão arcar com essa perda de receitas da qual os sindicatos estão preocupados. Digo isso baseado no aditamento à convenção coletiva de trabalho do sindicato da área da saúde da nossa região, ou seja, já está tudo articulado para que as classes sindicais não tenham prejuízos.

Euripes S. de Aquino

 Santo André




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