O Sindicato dos Metalúrgicos do ABC está negociando a convenção coletiva referente à data base da categoria, em 1º de setembro, desde a semana passada. Na segunda-feira, 64 empresas dos grupos 3 (autopeças) e 10 (condutores elétricos) assinaram a proposta do sindicato, que mantém os itens já previstos no acordo em anos anteriores, prevê reajuste salarial de 1,73% segundo o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) e acrescenta a cláusula de ‘salvaguarda’. Este item, que, de acordo com a entidade, foi o que mais encontrou resistência, garante a mediação da entidade para qualquer mudança no acordo coletivo, mesmo após a reforma trabalhista, que entra em vigor dia 11.

Dentre as empresas que assinaram o acordo estão a Fiamm e ZF em São Bernardo, e a Nakata, em Diadema, nas quais os trabalhadores chegaram a cruzar os braços na semana passada. A única empresa que segue com as atividades paralisadas é a Beldem, de Diadema, que opera com aproximadamente 240 dos 400 funcionários – 60% do efetivo. Ou seja, desde sexta-feira, aproximadamente 160 operários estão com os braços cruzados.

De acordo com o sindicato, a negociação seguirá nas próximas semanas para cerca de 11 mil trabalhadores dos grupos 3, 10 e dos ligados ao Sindicel (Sindicato da Indústria de Condutores Elétricos).

Ao todo, 85% dos trabalhadores, ou 62 mil, da base dos 73 mil metalúrgicos nas duas cidades, já estão com o acordo assinado.