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Alunos de Medicina levam esperança a hospitais

Grupo alegrou, ontem, pacientes internados em cinco equipamentos de Saúde com atividades lúdicas

Gabriel Russini
Especial para o Diário
26/10/2017 | 07:00
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Nario Barbosa/DGABC


 Sons harmoniosos dos acordes de violão e violino se somaram às histórias contadas na hora de dormir, além, é claro, à desenvoltura e à alegria típicas dos palhaços, com suas maquiagens coloridas e narizes de plástico. Todo este cenário tornou a quarta-feira de Maria Ruiz Bera, 78, mais feliz. Internada há três semanas no Hospital Maria Braido, em São Caetano, ela recebeu a visita de grupo de profissionais da ONG Sorrir é Viver, organização constituída por estudantes da FMABC (Faculdade de Medicina do ABC). “É ótimo, porque a gente conversa, se diverte e, o principal, ainda estamos sendo lembrados por outras pessoas”, relatou a paciente.

“Quem é que não gosta?”, disse Antônio dos Santos Simões, 78, que também está internado no Maria Braido, ao ser questionado sobre as impressões sobre as brincadeiras e o bate-papo com os palhaços. A ação é parte do Mutirão da Alegria, que já está na sétima edição.

O evento tem a missão de desenvolver os futuros médicos de forma pessoal e social. O objetivo da ONG, segundo Victor Morgado Corrêa Pinto, integrante da coordenação da entidade – o palhaço Cornelius durante o mutirão –, é humanizar o atendimento e expor aos alunos um novo formato de aprendizado. “(A cada encontro) Olhamos a pessoa da maneira que ela deve ser olhada, tentamos tirá-la um pouco desse contexto do hospital, da doença. Acreditamos na grandeza das pequenas coisas”. Em todos os locais visitados, a entidade entregou kits com frases de esperança e fitinhas para fazer pedidos.

Na avaliação da coordenadora do comitê de humanização da Sesaud (Secretaria Municipal de Saúde de São Caetano), Eva Martins Gamba, a atividade leva ânimo aos pacientes. “Traz sorriso e esperança em meio a tanta vulnerabilidade”.

“É uma ferramenta muito importante, acredito que estamos no caminho certo”, disse Priscila Alfieri, 24, estudante do 6º ano do curso de Medicina na FMABC e que participa das atividades desde 2013 como a palhaça Mademoiselle Alice Pipoca. Quem também não ‘abandona a causa’ é Gabriel Garcia, 27, médica formada e que atua no projeto desde 2009 como a palhaça Sarah Serpentinnah Despiroquettah Rápido. “Achei incrível quando os vi atuando, tanto que me apaixonei na época.”

O grupo visitou, além do Hospital Márcia Braido, outros quatro equipamentos de Saúde.

 




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