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Intolerância via WhatsApp
Do Diário do Grande ABC
22/10/2017 | 09:14
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Artigo

Conversa entre amigos com filhos em idade escolar, ou então rápida busca na internet são suficientes para mostrar o quão controversos se tornaram os grupos de WhatsApp de pais. A questão abre espaço para refletir sobre como as redes sociais, em especial o WhatsApp, têm contribuído para escancarar comportamentos precipitados e insensatos. Vivemos em uma era em que a internet empoderou a todos. E, assim, no auge dessa sensação de poder, a falta de educação se evidencia e a intolerância é o comportamento em alta nos dias de hoje. A velocidade com que algumas reações e julgamentos se espalham por meio de mensagens assusta quando se observa o potencial de estragos que são capazes de provocar.

Trazendo a discussão para o universo escolar, temos os grupos de pais do WhatsApp, que deveriam existir para melhorar a comunicação entre escola e família. O fato é que tais grupos se multiplicam entre si, ganham vertentes paralelas e se transformam em tribunais inquisidores. Detalhes são aumentados, fatos são deturpados, gerando barulho muitas vezes descabido e desnecessário. Basta uma palavra mal interpretada ou mesmo conteúdo abordado em sala de aula e tudo vira combustível que inflama pessoas, revelando a incapacidade de transitar com educação diante da divergência.

Historicamente, o ato coletivo sempre confere mais poder que o gesto individual. Por isso, pais preferem se articular antes nos grupos de WhatsApp, reunindo outras vozes em torno de si e só então levar a questão para o colégio. O problema dessa estratégia é que, em boa parte das vezes, as situações poderiam ser fácil e amigavelmente resolvidas com boa conversa com coordenadores e direção da escola em vez de jogar o assunto para debates acalorados nas redes sociais. Pequeno erro ou mal-entendido tomam a proporção de crise. Falta serenidade para conseguir enxergar que toda história tem dois lados e mais de uma parte interessada. Praticar a empatia e a alteridade é que nos permite avaliar a situação com calma e rever posições que julgávamos imutáveis.

Sabemos que, quando se trata de nossos filhos, temos a tendência a nos deixar levar pela correnteza do instinto de proteção, atropelando normas e convenções sociais em nome do amor e das crenças que cultivamos depois que nos tornamos pais e mães. Mas precisamos, obrigatoriamente, enxergar que nossos filhos não são únicos no mundo. Felizmente, eles estão cercados por outras crianças e adultos e, desde cedo, devem aprender que se relacionar bem com as pessoas requer controle, desprendimento e generosidade. E cabe a nós dar o exemplo e ensiná-los essa importante lição de vida.

Acedriana Sandi é diretora pedagógica da Editora Positivo.

Palavra do leitor

Recuo
Câmara de Santo André recua sobre projeto para redução de funcionários sem concurso’. Esta foi reportagem de capa neste Diário (dia 20), a qual afirma que o Legislativo recua da decisão de diminuir a quantidade de funcionários que prestam serviços para a Casa e não são concursados, seja em cargos de confiança ou por indicação. E, no momento, se dá em troca de eleição. Nesse caso, acredito que deveria ser feito diferente, com todos tendo de ser concursados e sob regime CLT (Consolidação das Leis do Trabalho). Já prestei concurso para a Prefeitura pelo regime CLT e acho o mais indicado. Com isso, acaba esse ‘cabide de emprego’ e teria de ser por capacidade.
Neílton Pereira Dantas
Santo André

Cala a boca!
É de estarrecer! ‘Acho que me submeto a um trabalho exaustivo, mas com prazer. Eu não acho que faço trabalho escravo’ (Política, dia 20). Queria ver essa ‘excelência’ dormir num catre, comer farinha e receber – quando recebe – para pagar onde dorme e o que come! Bem se vê que o ministro (em minúscula mesmo!) Gilmar Mendes vive em uma bolha de mordomias e não conhece a vida do povo a quem deveria servir. Perdeu grande oportunidade de permanecer calado!
Aparecida Dileide Gaziolla
São Caetano

O radar funciona
Bom exemplo da falta de cumprimento às promessas feitas em campanha às prefeituras do Grande ABC também é a engenharia de trânsito de São Bernardo. Engenharia? Deveria ser pré-primário de trânsito. Dia 9 motoqueiro se matou na saída da Rodovia dos Imigrantes pegando a Estrada(?) Samuel Aizemberg. Ele entrou em buraco cheio de água, perdeu o controle da motocicleta e se projetou contra o poste! Acidente? Não, crime! Falta asfalto entre os buracos e a indicação horizontal é inexistente. As lombadas foram pintadas no tempo de Cabral e continuam vingativas. A mesma coisa vale para a Avenida Castelo Branco, na qual há semáforos pessimamente colocados e indicação horizontal totalmente apagada. A única coisa que funciona são os radares. Fiscalização nunca! À noite, na via, a maioria dos carros transita com luzes apagadas, quase nunca dentro da lei.
Serge Rene Vandevelde
São Bernardo

Animais
Quero dar parabéns pela iniciativa do vereador Ubiratan Figueiredo, que enviou projeto de lei para a Câmara dos Vereadores de São Caetano que prevê que animais de estimação possam ser sepultados em jazigos da família (Setecidades, dia 20). Tenho quase certeza de que o projeto será aprovado pela maioria dos edis.
Elcio Carvalho
São Caetano

Natalidade
Dos 90 milhões de brasileiros que éramos em 1970, já passamos dos 207 milhões, sendo que grande parte vive exclusivamente de programas sociais do governo, de ONGs (Organizações Não Governamentais), do Criança Esperança, da caridade de todos nós, ou na marginalidade. Continuando assim e sem controle da natalidade jamais seremos primeiro mundo. A miséria e a violência serão ainda maiores. O Programa Fome Zero é pura demagogia de políticos irresponsáveis, hipócritas e mentirosos, que só querem o poder. Para eles, eleitos com o voto obrigatório, cercados de privilégios, conforto, luxo e levando tudo com a barriga, assim está ótimo. Essa é a ‘democracia plena’ que quiseram, elogiam, defendem e não pensam mudar. A reforma política que propõem é mais uma farsa. Aprovada, tudo ficará como está. Por isso insistiram na saída dos militares e nas diretas já. Acorda, Brasil!
Nilson Martins Altran
São Caetano  




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